quarta-feira, 21 de maio de 2008

Choque (profundamente) Tecnológico


A única coisa que em Portugal se vê do famigerado Choque Tecnológico é o que nos chega do estrangeiro, à conta de telemóveis, iPods ou GPS. Do dito só se vê o fumo e a propaganda, que nem os quadros interactivos do e-escola e os portáteis a 150 euros conseguem disfarçar quando numa turma inteira de uma escola primária só dois alunos sabiam o que era a gema de um ovo... para gáudio certamente da sinistra ministra anarquista que está conseguindo concretizar a igualização mediocrizante de todo o sistema educativo, desde o infantário aos gabinetes da 5 de Outubro...

Felizmente a blogosfera vai permitindo alguns choques, mas daqueles choques que não convêm nada à corja socratina. Mais uma vez foi necessário o Portugal Profundo dar uma notícia para que a comunicação (dita) social a reproduzisse por arrastamento, com algum atraso, com a habitual desonrosa excepção dos que simplesmente a ocultaram...

Mais uma vez o tema da notícia é o escroque do costume.

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À maneira do António Caldeira Balbino, aqui fica um "Disclaimer": Usámos a palavra "escroque", segundo Houaiss, no sentido daquele que ganha «com intrujices e manhas». Não haverá nenhum juiz deste País que não conheça pelo menos meia dúzia de situações deste escroque. Quanto ao significado da palavra corja, usámos alguma liberdade literária porque não é propriamente 20 o número desta gente vil e grosseira. O significado de vil e grosseiro o próprio visado, apesar da sua proverbial incultura, consegue entender perfeitamente. E não é difícil em poucos minutos reunir uma lista de uma centena de grosserias e vilanias da sua real autoria. Só no debate par(a)lamentar de hoje colhia-se uma boa mão-cheia... Para o mais, veja-se o dito dicionário da moda, que aqui secundarizamos face a António de Morais Silva, menos actual, mas o melhor que tem a língua portuguesa, pelo menos na 10.ª edição aprimorada por José Pedro Machado.

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