domingo, 28 de fevereiro de 2010

Balanço da 3.ª semana

João Marcelino continua director do DN...

Leite Pereira continua director do JN...

Paulo Baldaia continua director da TSF...

Henrique Granadeiro - o Encornado - continua presidente não executivo da PT e Zeinal Bava - o Encornador - continua presidente executivo da mesma empresa...

Pinto Monteiro continua procurador-geral da república...

Noronha do Nascimento continua presidente do Supremo Tribunal de Justiça...

Teixeira dos Santos continua ministro das finanças...

José Sócrates continua primeiro-ministro...

Cavaco e Silva continua impavidamente a gerir a sua carreira...

Portugal continua a afundar-se...




Só mesmo o bói Rui Pedro Soares e o seu acólito Fernando Soares Carneiro se demitiram da administração, mas continuam na PT a governar a vidinha...

Afinal quem é o chefe

Gabava o Engenheiro e elogiavam-no os comentadeiros encomendados.

As trapalhadas tinham acabado. Agora a coordenação era perfeita.

Mas o que se tem visto, sobretudo no segundo mandato, é a desorganização total.

Sobre a polémica Lei das Finanças Regionais, ouvindo o chefe do Grupo Parçlamentar do PS, ouvindo o Chefe das Finanças e ouvindo o Chefe Máximo, fica-se sem saber quem manda...


Teixeira dos Santos
"A Lei das Finanças Regionais está ultrapassada? Não é a minha" opinião

26 Fevereiro 2010 10:56

O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, reiterou esta manhã que a questão da Lei das Finanças Regionais "não está ultrapassada", salientando que os problemas que assolaram a região e que originaram as ajudas do Governo da República à Madeira não podem ser misturados com a questão do financiamento da ilha.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Dois mundos

Nos EUA um jogador de Golf, por uma questão de infidelidade conjugal, retirou-se da competição.

Em Portugal, envolvido em múltiplos casos de delinquência, o primeiro-ministro continua firme no poder.

O mesmo jogador de Golf perdeu vários contratos publicitários.

Cá é o que se verá... com um famigerado ex-jogador de futebol... agora mestre na jogatina da propaganda política...

Um pequeno-almoço

Por Vasco Pulido Valente



As mil e uma manhãs de revelações sobre esse estranho mundo que gira à volta do primeiro-ministro não param. Verdade que ele próprio, como disse a Miguel Sousa Tavares, não sabe nada, não autorizou nada e nem sequer foi informado. De qualquer maneira, cada dia chega pontualmente com o seu "caso". O último é um pequeno-almoço de propaganda de Sócrates com Luís Figo, na véspera de eleições, que a Taguspark alegadamente promoveu, favoreceu ou pagou (não se consegue perceber bem o quê e nenhuma versão do episódio se recomenda por uma especial clareza). Claro que Figo, sendo um homem inteligente e um cidadão português, tem todo o direito de se pronunciar sobre Sócrates. Só a Taguspark complica as coisas. Por que razão, apanhado por uma súbita onda de fervor político, Figo não telefonou directamente para a sede do PS?

De resto, na minha absoluta ignorância dos "negócios", confesso que não compreendo a ideia de contratar um jogador de futebol para "internacionalizar" um "parque tecnológico". Não vejo uma relação evidente entre o futebol e a tecnologia, excepto se as palavras "futebol" e "tecnologia" adquiriram ultimamente um significado esotérico que me escapa. Uma celebridade como Figo vive em parte de vender a sua imagem e é muito natural que a venda a marcas desportivas, produtos de consumo de luxo e até, como Ronaldo, a bancos. Mas nunca me passou pela cabeça que o género "parque tecnológico" lhe conviesse. Felizmente, há em Portugal espíritos com mais subtileza. Fico à espera do resultado.

Outro ponto me intriga. A popularidade do futebol vem, em grande medida, de ser apolítico. Se alguns clubes acabam por representar certas regiões (como, em Portugal, o FC Porto representa o Norte contra os "mouros" de Lisboa; ou o Barcelona representa a Catalunha contra o centralismo de Madrid), não existe um único associado a um partido ou sequer genericamente à esquerda ou à direita. Com os jogadores sucede o mesmo. Um jogador, ainda por cima retirado, como Figo, perde valor publicitário, quando se identifica politicamente. Portugal inteiro aprova e lembra o seu génio de futebolista, mas Portugal inteiro com certeza não aprova o seu amor por Sócrates. Não deixa, por isso, de ser curioso que Luís Figo se resolva de repente sacrificar por uma causa duvidosa e minoritária. Aquele pequeno-almoço não se digere com facilidade.


Público



Pinto Monteiro é magistrado desde do 23 anos. Mas não é o único que sabe ler...



estado de direito

Estado de direito formal

por PAULO PINTO DE ALBUQUERQUE


Foi finalmente publicado um despacho de não abertura de inquérito proferido pelo procurador-geral da República. É de lamentar que a revelação seja parcial, tardia e feita à revelia da lei. Foram precisos três meses para que os portugueses conhecessem as razões do procurador-geral. E só conheceram um dos despachos proferidos e só parte desse despacho. E ainda por cima conheceram-no pela pior forma, de maneira ínvia e com atropelo da autoridade do Ministério Público. Tudo isto se deveria ter evitado com a publicação tempestiva dos despachos por iniciativa do Ministério Público.

As escutas reveladas pelo Sol constituem prova legalmente admissível de um plano em que está directamente envolvido o Governo, nomeadamente o primeiro- -ministro, para interferir na comunicação social e afastar jornalistas incómodos, como concluíram os magistrados de Aveiro. O despacho do procurador-geral revela uma escuta que indicia o desconhecimento do primeiro-ministro. Ora, em face desta discrepância, impunha-se abrir um inquérito para investigar quem determinou a compra da TVI pela PT, quando, por que meios e com que objectivos.

O procurador-geral da República argumenta que, mesmo que estivessem provados os factos indiciados, eles não constituiriam qualquer crime. Não tem razão. O crime de atentado ao Estado de direito tem três modalidades: destruição, alteração e subversão do Estado de direito. A modalidade que se indicia nas escutas referidas no Sol é esta última. Há subversão do Estado de direito quando há uma "instrumentalização dos órgãos e processos constitucionais para fins estranhos às funções constitucionais do Estado", como já escrevi há anos. É o que se indicia no caso. Em face das escutas referidas no Sol, indicia-se que a posição institucional e os poderes funcionais de um membro de um órgão constitucional (Governo) foram instrumentalizados para fins estranhos ao Estado. Como crime de empreendimento puro, o crime consuma-se com a violação ou a tentativa de violação da liberdade de imprensa de um jornalista ou de um meio de comunicação social. No caso em apreço, o bem jurídico da liberdade de imprensa é encabeçado nos concretos jornalistas (Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz) e nos concretos meios de comunicação visados (a TVI, o Correio da Manhã e o Público). Por isso, a lei tutela especialmente o direito de acção do cidadão ou entidade "directamente ofendidos pelo acto considerado delituoso". É a própria lei que considera que os actos delituosos previstos na Lei n.º 34/87 podem "ofender directamente" cidadãos e entidades! Note-se que o legislador escolheu a palavra "ofendidos" e não "vítimas", o que tem o significado dogmático de que os tipos desta lei também tutelam bens jurídicos das pessoas singulares e colectivas visadas.

Com efeito, há indícios de factos que subvertem a liberdade de imprensa como pilar do Estado de direito quando se diz, por exemplo, que "O Sócrates perguntou-me se não era melhor correr com o Moniz antes de a PT entrar". Se a conduta indiciada não tiver relevância criminal, então os jornalistas portugueses ficam inteiramente à mercê das "interferências" do poder político, pois ela poderá repetir-se impunemente. Se esta conduta não põe em causa o Estado de direito, então Portugal vive num Estado de direito formal. Se esta conduta é tolerável em Portugal, então a garantia constitucional da liberdade de imprensa é meramente formal.

Aqui chegados, o procurador-geral deve abrir um processo criminal, para investigar toda a matéria de facto que se encontra por esclarecer. Em face de indícios de crime público, o Ministério Público não tem qualquer discricionariedade. Tem de abrir um processo. E a sua anterior decisão de não abertura não tem qualquer força de caso decidido. Se o procurador-geral não abrir um processo criminal, os ofendidos têm ainda um caminho. Devem apresentar queixa sobre os factos indiciados com arguição simultânea da inconstitucionalidade da interpretação do procurador-geral do artigo 262, n.º 2, do CPP, o que obrigará à abertura de um inquérito e à apresentação dos autos a um juiz de instrução. O Estado português não tem apenas uma obrigação substantiva de não violar a liberdade de imprensa, mas tem também uma obrigação processual de investigar qualquer violação da liberdade de imprensa. Se o despacho de arquivamento da notícia do crime for a última palavra do Estado português neste caso, então estão exauridos os meios internos de tutela da liberdade de imprensa e fica o caminho aberto para suscitar a tutela do Tribunal de Estrasburgo.

Esta análise é estritamente jurídica, como foram todas as que tenho feito sobre este assunto. Não faço imputações de segundas intenções aos magistrados envolvidos. Aliás, repudio terminantemente quaisquer extrapolações que ponham em causa a lisura de procedimentos e a idoneidade profissional de todos os magistrados envolvidos. Porque defendo e confio na independência dos tribunais e na autonomia do Ministério Público.

DN

26/2/2010




Armadilhado

Pinto Monteiro foi colocado por Pinto de Sousa (José Sócrates), com claras incumbências como se tem visto nos casos mais graves: Freeport e Face Oculta...

Cavaco Silva é um verbo de encher - possivelmente refém de alguns pecadilhos que Sócrates se encarregou de coligir -, a quem só interessa a reeleição presidencial e a manutenção de uma certa encenação de homem inatacável.

Portugal continua a viver nesta indignidade, neste esgoto!...

Os tempos do pântano já lá vão. Agora é tempo do esgoto...

Demissão do PGR depende sempre de Sócrates

por CARLOS RODRIGUES LIMA Hoje

Demissão do PGR depende sempre de Sócrates

Nomeação e demissão do PGR está dependente de um acordo entre primeiro-ministro e Presidente da República

Pinto Monteiro pode tremer, mas só cai se o Presidente da República e o primeiro-ministro estiverem de acordo quanto à sua demissão. É este o quadro que a Constituição da República estabelece para a "nomeação e exoneração do procurador-geral". Como, ainda recentemente, José Sócrates, numa reunião do grupo parlamentar, e o ministro da Justiça, Alberto Martins, publicamente, já manifestaram o seu apoio a Pinto Monteiro, o actual PGR está seguro no cargo.


DN



Era uma vez um animal que enfrentava os poderosos...


Sócrates beneficiou lóbi das farmácias


Escutas interceptam Armando Vara a diligenciar ao mais alto nível para que o Conselho de Ministros fizesse decreto como o presidente da Associação de Farmácias exigia, avança a edição do SOL desta sexta-feira

O Governo alterou um decreto-lei sobre a concessão a privados das farmácias hospitalares, a pedido do presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), João Cordeiro, e nos termos em que este pretendia, já depois da sua aprovação em Conselho de Ministros. Isto foi possível após diligências junto do primeiro-ministro, realizadas pelo então vice-presidente do BCP, Armando Vara – cujas conversas foram interceptadas, enquanto arguido, no processo Face Oculta.

O diploma em causa foi a Conselho de Ministros no dia 23 de Julho de 2009 – e alterado, ao que tudo indica, no dia seguinte, para se adequar à versão pretendida pela ANF.

João Cordeiro foi ‘apanhado’ nas intercepções telefónicas do processo de Aveiro por diversas vezes, quando, durante o mês de Junho, Julho e Agosto do ano passado, conversou com Vara e com o empresário Lopes Barreira, também arguido e sob escuta no Face Oculta.

SOL


Sócrates raramente fala verdade.

Mas há situações em que fala verdade, mesmo mentindo: quando diz que não foi o governo ou o conselho de ministro que fez ou agiu.

As trapaças e tropelias que faz são feitas fora do conselho de ministros.

E como os ministros que tem são um grupo de invertebrados, nenhum se demite mesmo quando sabe que Sócrates altera pessoalmente decisões depois de terem sido tomadas em conselho, à revelia dos próprios ministros...

De facto, Sócrates apenas continua a fingir que é primeiro-ministro porque tem uma dezena de invertebrados que colabora na encenação...






No Largo dos Ratos...





Investigação

Encontro apanhado nas escutas

Reunião secreta aconteceu a 25 de Junho, no Largo do Rato, e advogado da PT falou sobre ela a assessor do PS.


Conheça mais pormenores da investigação ao processo 'Face Oculta' na edição papel do jornal 'Correio da Manhã'.



Politização da Justiça é isto, ao mais alto nível...

Qualquer jurista imparcial sabe que a lei da interrupção voluntária da gravidez, quer a leia anterior, quer a lei actual, é inconstitucional.

Mas como o Tribunal Constitucional é um órgão eminentemente político, não espanta que os acórdãos sejam votados assim:


Tribunal Constitucional rejeita inconstitucionalidade da lei do aborto

26.02.2010 - 10:56 Por Nuno Sá Lourenço

O Tribunal Constitucional chumbou esta semana os dois pedidos de fiscalização da Lei sobre Interrupção Voluntária da Gravidez. Com sete votos a favor e cinco contra, o conjunto de juízes “decidiu por maioria não declarar a insconstitucionalidade da Lei nº 16/2007”.

Público


Nesta pútrida relação entre política e tribunais, uma mão lava a outra. Quando ligadas, ambas são uma sujeira.

Bando de delinquentes

Esta pseudo-notícia do Diário do Governo, dirigido pelo moço de recado João Marcelino, mostra como age este grupo de delinquentes.

Forjaram uma carta para lavar a face suja de Pinto Monteiro.

São delinquentes profissionais...

Carta que avisou Vara das escutas está assinada

por CARLOS RODRIGUES LIMAHoje

A carta que Armando Vara recebeu, no início de Junho do ano passado, e que revelava que o telemóvel de José Sócrates estava sob escuta não é anónima. Está assinada por um indivíduo que até facultou o seu número de telemóvel para o ex-administrador do BCP, se assim o entendesse, o contactar. O DN ligou para o número. Do outro lado, um homem, cujo nome bate certo com o que consta da carta, atendeu. P. N., porém, negou que alguma vez tivesse escrito tal documento.

A missiva tem no cabeçalho e no final o nome P. N. (o DN não o revela na íntegra, por expresso pedido do interlocutor). E, segundo informações recolhidas, já estará a ser investigada pelo DIAP de Coimbra, onde decorre um inquérito sobre eventuais fugas de informação para alguns arguidos do processo "Face Oculta".

O documento, que terá chegado às mãos de Armando Vara no início de Junho de 2009, foi apreendido pela Polícia Judiciária, em Novembro de 2009, na primeira série de buscas feitas no âmbito daquele processo. O autor é claro: "Avise ou mande avisar o amigo José Sócrates que o seu telefone encontra-se em escuta (não por email, nem por telemóvel ou telefone). Só soube ontem de fonte segura. Se for preciso contar-lhe-ei tudo em pormenor (sem ser por email ou telefone)." O autor da carta diz ainda que ao escrever a Vara se encontra "um pouco nervoso", pedindo ao ex-administrador do BCP que, "depois de a ler", destruísse o documento.

O caso ganha alguns contornos surreais, uma vez que ontem, contactado pelo DN, o tal P. N. que consta como autor da carta negou a autoria da mesma. "Não conheço o Armando Vara, não escrevi carta nenhuma", garantiu. O homem, que confirma viver em Coimbra, foi questionado sobre se já foi ouvido pelo DIAP local. "Não sei nada disso, nunca fui ouvido", garantiu (ver entrevista em baixo).

Este é o problema: a carta está assinada por um P. N. que indicou um número de telemóvel. O DN ligou para o número. Um P. N. atendeu, mas negou terminantemente a autoria da missiva. Outro problema é que este mesmo P. N. assegurou que tinha este número há apenas um mês. Mas este número está num nome igual ao seu, pelo menos há oito meses na carta de aviso que foi para Vara.

Ao que o DN apurou, Armando Vara não terá contactado P. N., porque, segundo o que disse em entrevista à RTP, não "ligou à carta", tendo-a guardado numa gaveta (onde a PJ a foi encontrar). "Não liguei nada, nunca mais pensei no assunto", afirmou.

Vara foi confrontado com esta carta durante o interrogatório no DIAP de Aveiro. O procurador Marques Vidal estava convicto de que foi Vara que informou os outros arguidos do processo "Face Oculta" de que estavam a ser escutados, levando à troca de telemóveis e cautela no conteúdo das conversas.

Mas, a ser verdade que a fuga foi feita através desta missiva, cairá por terra a tese que ontem o jornal Sol fundamentava, segundo a qual só a partir do momento em que o procurador-geral da República soube das investigações os arguidos foram informados da vigilância.

A carta terá sido entregue no edifício do BCP e chegado às mãos de Vara no início de Junho de 2009. Porém, segundo as escutas telefónicas, Vara continuou a falar normalmente ao telefone, sendo interceptado em várias conversas, hoje consideradas comprometedoras. A dúvida é se, de facto, deu algum crédito à missiva ou a ignorou completamente.

Fuga da Procuradoria?

O PGR foi informado a 24 de Junho, numa reunião com Marques Vidal e o procurador distrital de Coimbra. Segundo o Sol, poucos dias depois, a 7 de Julho, os investigadores da Polícia Judiciária que realizam as escutas telefónicas juntaram a seguinte informação ao processo: "Resulta das intercepções das comunicações de e para os telemóveis utilizados pelos suspeitos Manuel Godinho, Armando Vara e Paulo Penedos, que, pelo menos no dia 29 de Junho, aqueles assumiram como fortemente provável, senão mesmo certo, que os telemóveis por si utilizados, ou pelo menos alguns deles, estariam interceptados."

Esta conclusão, acrescentam os elementos da PJ, "advém quer do conteúdo das conversações quer da verificação de uma diminuição acentuada do tráfego de comunicações".

DN


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A martelada de Freitas no desacreditado PGR

Cavaco Silva continua a jogar ao Carnaval...


Anedota do PGR

O sr. Pinto (o Monteiro), para tentar negar a evidência noticiada hoje pelo semanário Sol, invocou uma vez mais que é magistrado desde os 23 anos... Possivelmente é magistrado há tempo demais e está a merecer uma reforma dourada.

E declarou solenemente que da PGR nada sai, a não ser por escrito...

Portanto, só por ofício daria a informação das escutas a José Sócrates...

É triste ao ponto a que se chegou...

Nem para coser meias serve. A especialidade dela é mesmo empatar o Processo Freeport


Declarações da procuradora geral adjunta

Associação sindical critica Cândida Almeida por culpar PJ pela “ineficácia” do DCIAP

26.02.2010 - 11:52 Por Lusa


A associação sindical dos investigadores criminais acusou hoje a procuradora geral adjunta Cândida Almeida de querer atribuir “a ineficácia” do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), que dirige, à Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária.



“Há uma tentativa do DCIAP para empurrar os seus inêxitos ou a sua ineficácia para cima da Polícia Judiciária, mais concretamente para a Unidade Nacional de Combate à Corrupção”, declarou o presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC), Carlos Anjos. A procuradora geral adjunta e directora do DCIAP, Cândida Almeida, disse quinta-feira, na comissão parlamentar eventual para o acompanhamento do fenómeno da corrupção, que existem problemas “na área do combate à corrupção e com pessoas concretas”.

“Existem algumas pessoas que levam a mal que os magistrados peçam novos elementos para investigação”, acrescentou.

Antes, já o Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, tinha afirmado numa comissão parlamentar que a colaboração entre o Ministério Público e a Polícia Judiciária não era das melhores. Sublinhando que a relação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção com os vários departamentos do DCIAP é “excelente”, Carlos Anjos disse não compreender em que é que se baseiam as declarações de Cândida Almeida, dado não ter conhecimento de “nenhuma queixa ou procedimento disciplinar” que tenha sido accionado pela responsável.

“Nos últimos tempos, temos sido presenteados com intervenções da Dr.ª Cândida Almeida que em nada dignificam nem o Ministério Público, nem a Justiça em Portugal, nem a Polícia Judiciária e muito menos a dignificam a ela”, criticou o responsável pela ASFIC. “Parece que a Dr.ª Cândida Almeida quer que os processos do DCIAP tenham tratamento diferencial e que sejam tratados à frente de outros”, acrescentou.

Lamentando que a procuradora geral adjunta tenha “optado por este caminho”, assente em “suspeições sem as concretizar” e em “meias verdades”, o presidente da associação sindical dos investigadores criminais condenou ainda “esta forma muito mesquinha e baixa de agir”. O responsável censurou ainda Cândida Almeida por nunca ter “identificado os problemas que afirma existir” e lembrou que a lei estabelece as “regras do jogo” da investigação criminal: “A Polícia Judiciária é obrigada a apoiar o Ministério Público em todas as diligências policiais e é o que temos feito. Funcionalmente, dependemos do Ministério Público”.

Nas declarações formuladas na Assembleia da República, Cândida Almeida referiu que “existem algumas pessoas que levam a mal que os magistrados peçam novos elementos para investigação”. Durante a audiência na comissão parlamentar, a directora do DCIAP tinha respondido às perguntas dos deputados ao longo de três horas, nas quais abordou crimes como a corrupção, peculato, branqueamento de capitais, tráfico de influências e participação económica em negócios, além de ter identificado a falta de meios como um dos problemas que o departamento que dirige enfrenta.

Mais claro e grave do que isto...







José António Saraiva

«Há um encobrimento do poder político pelo judicial»

O director do SOL, José António Saraiva, defendeu hoje na comissão parlamentar de Ética que «há um encobrimento do poder político pelopoder judicial»

Para o responsável do jornal, os «factos» até agora conhecidos, na sequência do processo Face Oculta, mostram que «há uma conivência do poder judicial com o poder político».

Falando sobre a relação do SOL com o antigo accionista BCP, José António Saraiva contrariou declarações prestadas à comissão pelo ex-administrador daquele banco, Armando Vara, afirmando que este era responsável pelo processo accionista: «Tenho a certeza absoluta que, pelo menos na parte final [das negociações para a venda da quota do BCP] foi coordenada directamente por Armando Vara».

BCP queria «decapitar o SOL»

Falando sobre a relação do SOL com o antigo accionista BCP, José António Saraiva contrariou declarações prestadas à comissão pelo ex-administrador daquele banco, Armando Vara, afirmando que este era responsável pelo processo accionista: «Tenho a certeza absoluta que, pelo menos na parte final [das negociações para a venda da quota do BCP] foi coordenada directamente por Armando Vara». Segundo o jornalista, o representante do BCP na administração do semanário, Paulo Azevedo, afirmou por diversas vezes que «não tinha autonomia para tomar decisões, tinha que falar com Armando Vara».

Para o director do SOL o BCP começou por ser um accionista «amigo» para se transformar depois num «cavalo de Tróia». Uma mudança de atitude que coincidiu no tempo com a entrada «da administração Santos Ferreira e Armando Vara». Segundo António José Saraiva, na altura da mudança na estrutura accionista do semanário, em início de 2009, o BCP começou por se afirmar vendedor das suas acções mas, face à possibilidade da entrada no capital de investidores angolanos, acabou por recuar e afirmar-se comprador. Exerceu então o direito de preferência, mas recusando uma cláusula que impunha a manutenção da direcção. «Ficou claro que o BCP queria decapitar a direcção do SOL e interromper a sua publicação», afirmou, para acrescentar: «Tenho a certeza que esta operação foi comandada directamente por Armando Vara».

Questionado pelo PS sobre a publicação de escutas pelo SOL, «um crime que põe em causa os valores democráticos», o director do jornal sustentou que «não há nenhuma violação do segredo de justiça», nem de direitos de privacidade: «Não falamos de conversas pessoais, mas de conversas de pessoas que têm a ver com negócios, num exercício ilegítimo dos seus cargos». Da bancada socialista veio também a acusação de partidarismo. «É o SOL que municia o argumentário político do PSD ou é o PSD que dá substância política ao editorial do SOL?» questionou o deputado Manuel Seabra, depois de citar um editorial do jornalista. Uma acusação rejeitada por José António Saraiva, que apontou as situações enunciadas – nomeadamente a existência de um plano do Governo para controlar a comunicação social – como «factos», de que as escutas publicadas pelo SOL são a «prova insofismável». O director do SOL afirmou-se ainda «chocado» por ver «pessoas responsáveis no PS a dizer que não se passa nada».

Quanto à actual estrutura accionista do SOL, questão que tem vindo a ser levantada pelo PS, afirmou que o jornal é detido pela empresa luso-angolana Newshold, pela JVC e por um grupo de jornalistas fundador do semanário.


Sol



A raposa a guardar as galinhas...

Audição na Comissão de Ética

Director do "Sol" diz que Vara "comandava" o jornal no BCP

26.02.2010 - 11:03 Por Maria Lopes

Armando Vara era o administrador do BCP responsável pelo financiamento e pelo processo accionista do "Sol" quando o jornal passou pelos problemas financeiros há um ano e dificultou a entrada de novos accionistas, afirmou esta manhã o director do semanário na Comissão de Ética.

“Tenho a certeza absoluta, pelo menos na parte final [da negociação de venda da quota do BCP no Sol à Newshold] que foi comandada directamente pelo dr. Armando Vara”, garantiu José António Saraiva. O representante do BCP, Paulo Azevedo, “disse várias vezes que tinha que falar com Armando Vara porque não tinha autonomia para tomar decisões”, acrescentou o director.

Há uma semana, Armando Vara veio à Comissão de Ética negar qualquer responsabilidade no dossier do jornal no BCP, dizendo mesmo que isso estava entregue a outras pessoas e departamentos.

José António Saraiva acusou mesmo: “Ficou claro que o que o BCP queria era decapitar a direcção do Sol e interromper a sua publicação”, ao afirmar, primeiro, que estava vendedor da sua parte no jornal e depois, quando os investidores angolanos quiseram negociar, recuou e disse não estar vendedor mas comprador. E nessa altura, “queria mudar” a cláusula que impõe que quem comprasse se comprometia a manter a direcção.

Tendo o BCP sido “um amigo” e accionista desde o lançamento do jornal, a mudança de atitude foi “coincidente com a entrada da administração Santos Ferreira/Armando Vara”. Aí, “o BCP transformou-se num cavalo de Tróia”, disse José António Saraiva, contando os pedidos ignorados de reuniões, a retirada de um patrocínio do BCP que estava pelo menos “verbalmente” combinado, e os “meses terríveis” de dificuldades financeiras que o jornal passou entre o final de 2008 e os primeiros meses de 2009.
Sobre a situação geral da comunicação, questionado pelo social-democrata Pedro Duarte, Saraiva disse-se “chocado” quando vê “pessoas responsáveis do PS a dizer que não se passa nada”.

“Os factos que têm vindo a público através das escutas são absolutamente chocantes. Faz-me lembrar o Iraque, quando choviam mísseis e o ministro da Informação continuava a dizer que não havia nada”, comparou.

Saraiva salientou que esta Comissão de ética existe porque “as escutas foram reveladas” e mesmo depois disso “as pessoas continuam a dizer que é falso”. “As escutas são a prova cabal e insofismável e a única maneira que tivemos de provar que havia em marcha um plano para controlar a comunicação social.”

Público


Piu, piu, piu

Candidamente



Um dia antes de Cândida Almeida
“ilibar” Sócrates do caso Freeport, já Vital Moreira tinha publicado no blogue siciliano Cosa Nostra esta pérola da propaganda blogosférica:

Habilidades jornalístcas

Noticiando que Sócrates não vai ser acusado no caso Freeport, o Público dizia ontem que o «Primeiro-ministro foi suspeito durante quase seis anos, nunca tendo sido constituído arguido.»
Há aqui uma dupla incorrecção. Primeiro, Sócrates nunca esteve na situação de "suspeito" na investigação, pela simples razão que nunca houve contra ele nenhum indício relevante; segundo, para a generalidade da imprensa ele não foi simplesmente suspeito, mas sim expeditamente acusado e sumariamente condenado. Em vez de continuar a insinuar suspeitas que nunca tiveram o mínimo fundamento (persistindo em referir "indícios" inexistentes), a imprensa que participou no prolongado e malévolo "julgamento popular" de Sócrates deveria agora retractar-se e pedir desculpas ao visado e aos seus leitores.
Era o mínimo exigido pela seriedade, responsabilidade e boa-fé jornalística. Mas já se viu que tal não vai suceder. A instrumentalização mediática do processo Freeport contra Sócrates, nascida de uma comprovada conspiração política, há-de permanecer como um escandaloso exemplo de irresponsabilidade e de perseguição política da imprensa em Portugal. Se tivessem vergonha, deveriam envergonhar-se...



Seria grave que Vital Moreira se antecipasse a Cândida Almeida e ao DCIAP, mas conhecidas as águas em que funciona o ministério privado de Pinto Monteiro nada se estranha.

Ao contrário do que o patranheiro Vital vem dizer, Sócrates sempre esteve e continua a estar facticamente indiciado da prática de actos passíveis de serem qualificados como ilícitos penais, por mais cabalhotas processuais e interpretativas que
engendremos funcionários escalados por Pinto Monteiro...

A prova de que o Caso Freeport não é uma conspiração política é a existência de vários arguidos, entre os quais não está Sócrates por atempadamente Souto Moura ter sido substituído que quem se tem prestado a bizarros guiões que indignificam a magistratura do MP e os investigadores da PJ...


Como se dominam os jornais em regime de fictícia liberdade de expressão

E não é só a publicidade do Estado. É a das autarquias. É a das empresas públicas. É a das empresas privatizadas em que o Estado detém capitais. É a das empresas privadas ligadas ao PS. É a das empresas privadas que não querem ser desagradáveis para com o regime socratino.

Portanto, quem se mete com o PS não come publicidade...


26 Fevereiro 2010 - 00h30

A voz da Razão

A trela invisível

Existe uma forma subtil de o poder político premiar ou punir os órgãos de comunicação: através da publicidade institucional. Quando o órgão é manso, recebe o seu biscoito. Quando o órgão ladra e morde, a ração é controlada. Por isso é fundamental saber quanto se gasta e, sobretudo, onde se gasta o dinheiro público: a ‘liberdade de expressão’, hoje, não se faz com comissões prévias de censura. Faz-se com o livro de cheques na mão. A trela é a mesma.

Infelizmente, esta informação simplória foi recusada ao Parlamento e aos portugueses. O Bloco de Esquerda requereu (várias vezes) uma lista com as despesas em publicidade efectuadas em 2008/09 por ministérios, institutos ou empresas do Estado. Meses depois, o governo admite que não sabe, não quer saber e tem raiva a quem sabe. ‘Não há registos’, diz o ministro Lacão, uma resposta que faria sentido em Chicago, nos anos 20, e não num país da União Europeia, em 2010.

Percebe-se: se não há registos, não há abusos; se não há abusos, não há problemas; se não há problemas, tanto barulho para quê?




João Pereira Coutinho, Colunista

O boy aprendeu bem a lição do Chefe Máximo


Media

Ex-administrador da PT desmente Rui Pedro Soares

Carlos Barbosa, ex-administrador da Portugal Telecom, desmentiu esta quinta-feira afirmações que Rui Pedro Soares prestou na comissão de ética da Assembleia da República. Soares tinha afirmado que não tinha o pelouro da colocação de publicidade do grupo PT

Carlos Barbosa referiu que saiu da PT Meios «no final de 2006» e que depois disso Rui Pedro Soares «tomou conta de toda a publicidade».

Soares declarou esta quinta-feira perante a Assembleia da República que não teve o pelouro da publicidade enquanto esteve na PT.

«Todos os artigos que têm vindo na comunicação social ultimamente têm a ver com o dr. Rui Pedro Soares e não comigo», salientou o actual presidente do Automóvel Clube de Portugal, reiterando que a sua equipa era composta por «técnicos completamente isentos e profissionais» que foram «pura e simplesmente afastados» por Rui Pedro Soares.

Em relação a «tudo o que se tem falado sobre a publicidade», Carlos Barbosa afirmou que o antigo presidente Miguel Horta e Costa «nunca permitiria que houvesse qualquer manipulação da publicidade, a razão pela qual ele criou a PT Meios, para pôr a publicidade da PT no sítio em que devia estar, comprando de acordo com o retorno».

«Rui Pedro Soares é promovido à Comissão Executiva através de Henrique Granadeiro e depois passa ele a controlar toda a publicidade, patrocínios e promoções. Aliás, foi ele que negociou as equipas de futebol a seguir a mim», disse ainda Carlos Barbosa.

SOL



Para descontrair no meio da podridão

POEMA da 'MENTE'...


Há um Primeiro-Ministro que mente,
Mente de corpo e alma, completa/mente.
E mente de modo tão pungente
Que a gente acha que ele, mente sincera/mente,
Mas que mente, sobretudo, impune/mente...
Indecente/mente.
E mente tão habitual/mente,
Que acha que, história afora, enquanto mente,
Nos vai enganar eterna/mente...



Autor desconhecido

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A ingerência na informação tal qual se faz


João Maia Abreu

Fim do Jornal Nacional constituiu "acto de ingerência da administração da Media Capital"


João Maia Abreu, ex-director de informação da TVI, disse hoje que com a sua demissão do cargo pretendeu dar uma sinal de que “o fim do Jornal Nacional constituiu um acto de ingerência da administração da Media Capital”.

Na audiência da comissão de ética do parlamento sobre a liberdade de expressão, o jornalista afirmou que a decisão foi-lhe transmitida por Bernardo Bairrão, administrador delegado da TVI, que apresentou como justificações para a decisão razões de carácter económico, de grelha e da linha condutora da programação” e nunca de carácter editorial. “Nunca foram apontadas razões de carácter editorial”, afirmou

A medida, acrescentou, partiu da Prisa, accionista maioritário da Media Capital, em concreto por parte de Juan Luís Cebrian, administrador delegado do grupo espanhol.

Sobre a alegada intervenção do primeiro-ministro, José Sócrates, para terminar o programa, Maia Abreu disse não ter conhecimento de uma acção directa nesse sentido. Mas criticou a postura de José Sócrates numa entrevista à RTP e no congresso do PS, onde o primeiro-ministro criticou o programa. “Obviamente funcionou como uma pressão. Quando o primeiro-ministro diz que o programa é um jornal travestido coloca as pessoas numa situação incómoda”.

O ex-director de informação da TVI, João Maia Abreu, considera-se espantado com o facto do primeiro-ministro, José Sócrates, se preocupar tanto com as notícias que saem na comunicação social.

“Espanta-me que o primeiro-ministro tanto com o que é dito nas notícias sobre ele. O primeiro-ministro, por dever de ofício ser escrutinado. O dever de informar faz parte de um Estado de Direito, portanto causa-me alguma perplexidade”, referiu Maia Abreu na audiência da comissão de Ética da Assembleia da República sobre liberdade de expressão.

O jornalista considerou ainda estranho o timing da decisão, que ocorreu perto do período de eleições. Maia Abreu, de resto, confessou que o primeiro-ministro e os ministros do Governo socialista sempre se recusaram a ser entrevistados no programa.

O ex-director de informação da TVI, João Maia Abreu, disse hoje que havia uma grande insegurança da administração da Media Capital em relação ao Jornal Nacional de Sexta.

“Soube através do José Eduardo Moniz que havia muitas pressões em relação ao Jornal Nacional, que me foram transmitidas pelo José Eduardo Moniz. Disse-me que havia uma grande insegurança da administração em relação àquele jornal”, afirmou na comissão de Ética do Parlamento sobre a liberdade de expressão.

Maia Abreu revelou, de resto, que foi informado mas nunca ouvido sobre a resolução da Media Capital acabar com o programa de Manuela Moura Guedes. “O facto dos responsáveis máximos do programa não terem sido ouvido funcionou, pode ser entendido como uma condicionante para os jornalistas que trabalham naquela casa”, considerou.

Negocios.pt


De facto, a obra de destruição da Ordem e de apoio à política socratina ainda está a meio...


Marinho Pinto recandidata-se a bastonário dos Advogados para não deixar a obra a meio

Em clima de grande contestação, o bastonário aceita o desafio de ser avaliado pelos advogados.

Pinto & Pinto

Se Pinto Monteiro queria declaradamente dedicar-se à baixa política juntava-se com Pinto de Sousa (José Sócrates Carvalho) e não lhe faltaria um lugar como ministro.

Mas se quer fazer baixa política fazendo-se passar por magistrado do Ministério Público terá de sofrer a crescente contestação dos dignos magistrados que em má hora ficaram sob o seu poder.

Tirando o Lopes da Mota, o agente de Sócrates para o Caso Freeport e mais um ou outro avençado do regime socratino, Pinto Monteiro caiu em total descrédito junto da magistratura do MP.

Já ninguém tem dúvida sobre a incumbência que lhe deram quando extorquiram o lugar a Souto Moura...

Fritas do Amaral foi suficientemente claro. Não disse mais porque é um cavalheiro. Mas nós aqui não estamos obrigados a deferências e reverências de vocabulário...


Escutas a Sócrates

Freitas do Amaral critica decisão de Pinto Monteiro




Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt


Freitas do Amaral, professor de Direito Administrativo, critica hoje a actuação do procurador-geral da República no processo Face Oculta, considerando que o caso "passou do mundo do Direito para o mundo da política, pura e simplesmente, por meio de uma decisão jurídico-política do PGR".

Num artigo de opinião publicado hoje na Revista Visão, o ex-ministro do primeiro governo de José Sócrates considera mesmo que "a Assembleia da República tem competência para discutir e apreciar, politicamente, essa decisão do PGR."

Para Freitas do Amaral, Pinto Monteiro tem razão em dizer que “neste momento”, o caso das escutas é “meramente político”, mas conclui que tal se deve apenas “porque o PGR optou por uma interpretação muito restritiva do conceito de atentado ao estado de direito”.

No artigo, intitulado “Decifrar o Procurador”, Freitas conclui que a “linguagem utilizada pelo PGR é “algo cifrada e não inteiramente clara”.


Verdades que doem...



"A verdade é que, não tendo nós os mesmos números da Grécia, estamos rigorosamente no mesmo caminho. E, portanto, a evolução do nosso endividamento, a evolução do nosso défice das contas públicas está exatamente no mesmo caminho que está a Grécia", declarou a presidente do PSD.

"Isto é: não façamos nada e daqui a dois anos estamos com estatísticas tão más ou piores do que a Grécia", acrescentou. Segundo a ex-ministra das Finanças, é por isso que Portugal está atualmente "sob os holofotes das instituições financeiras".

"É evidente que os mercados e as instituições financeiras não vão permitir que haja um segundo país que chegue ao ponto a que chegou a Grécia. Portanto, quando vêem que estamos no mesmo caminho, o melhor é travá-lo já", sustentou Manuela Ferreira Leite.

"Nós estamos com um aumento do endividamento da ordem dos dez por cento ao ano, portanto, faltam-nos apenas dois anos para estarmos iguais à Grécia. Não nos vão deixar chegar lá. É bom nós estarmos todos conscientes de que a forma como se olha a Grécia é a mesma forma com que se olha Portugal", rematou.

Negocios.pt



A camarilha socratina, em vez de governar, vive de comentar os dirigentes da oposição.

A verdade não é com eles. Comprazem-se na mentira e no teatro da baixa política.

Como bem disse Manuela Ferreira Leite, os que mentem não se retratam. Os que falam verdade é que se têm de retratar.

A verdade é coisa incompatível com a socratinagem que colocará o País bem abaixo da Grécia. Não faltam muitos meses!...

O homem de Sócrates que substituiu o incómodo Souto Moura...


Justiça

Investigadores do Face Oculta intrigados com mudanças nas escutas sobre a TVI


Os investigadores do Ministério Público e da Polícia Judiciária de Aveiro ficaram intrigados com as mudanças que ocorreram no discurso sobre o negócio da compra da TVI pela PT e que coincidem com uma reunião que teve lugar na Procuradoria-Geral da República que contou com a presença de Pinto Monteiro, do procurador Marques Vidal e do procurador distrital de Coimbra Braga Themido, noticia a “Sábado”.

De acordo com a revista, no dia 24 de Junho de 2009 houve uma reunião na Procuradoria-Geral da República e a partir de dia 25 de Junho as escutas feitas no âmbito do processo Face Oculta revelam uma mudança de discurso dos intervenientes, em especial no que diz respeito ao negócio da PT e da TVI. As escutas relativas a este último período terão estado na base de pelo menos um dos despachos de Pinto Monteiro, com data de 18 de Novembro de 2009.

Estas datas coincidem também com a altura em que alguns dos arguidos, nomeadamente Armando Vara e Manuel José Godinho, mudaram de telemóvel ou começaram a utilizar cartões diferentes. A revista avança também que o Departamento de Investigação e Acção Penal de Coimbra está a investigar as eventuais fugas de informação nesta fase da investigação e que poderão ter comprometido o caso.

Numa escuta gravada a 25 de Junho Rui Pedro Soares, administrador da PT que recentemente apresentou a demissão, garante que conversou com o primeiro-ministro sobre o negócio da compra da TVI e assegura mesmo que José Sócrates estaria furioso por não ter sido informado antes. A conversa, que aconteceu com o advogado Paulo Penedos mostra que, ao contrário do que tinha vindo a afirmar nas escutas anteriores, José Sócrates só então tomou conhecimento das intenções de negócio da operadora de telecomunicações. Na conversa, Soares diz a Penedos que se deviam encontrar com o presidente da comissão executiva da PT, Zeinal Bava, antes de este dar uma entrevista a Judite de Sousa na RTP para confirmar o interesse na TVI.

Contudo, a 24 de Junho, numa conversa com o seu amigo Lopes Barreira, Armando Vara, antigo vice-presidente do BCP, afirma que ninguém poderia acreditar que o primeiro-ministro não estava a par do negócio. A 21 de Junho Vara fora também escutado numa conversa com Rui Pedro Soares onde informou o na altura administrador que seriam eles a controlar a TVI e que era muito importante responder ao pedido do primeiro-ministro.


25.02.2010 - 12:16 Por PÚBLICO

Mesmo por muito dinheiro, é precisa muita vergonha aceitar o guião de contracenar com um Pinóquio...


Mourinho recusou guião

Taguspark pagou viagem a Figo no dia do apoio a Sócrates

A viagem de Milão até Lisboa, que permitiu que Luís Figo tomasse o pequeno-almoço com José Sócrates a dois dias das eleições legislativas, foi paga pelo Taguspark.

Também José Mourinho chegou a assinar contrato com a empresa, mas depois recusou por não ter gostado do guião.




De acordo com o “Diário de Notícias”, a informação foi confirmada junto de fonte próxima do jogador e de um accionista da empresa que teve acesso ao contrato que todas as despesas feitas pelo ex-futebolista no dia 25 de Setembro foram pagas pelo parque tecnológico.

A justificação deve-se ao facto de nesse mesmo dia Figo ter gravado o vídeo promocional no Estádio de Alvalade para o Taguspark.

“Com a coincidência de datas, quem ganhou foi o PS, que ficou livre das despesas do seu último trunfo da campanha para as eleições legislativas”, refere o jornal.

O DN acrescenta que a agenda de Figo ajudou ao facto, pois segundo o relato dos envolvidos, o jogador decidiu aproveitar a mesma viagem para cumprir os dois objectivos. E assim foi. Apesar de só ter gravações marcadas para a tarde, o ex-internacional português chegou à Portela ao início da manhã e seguiu directamente para o Hotel Altis-Belém, onde se encontrou com o primeiro-ministro e prestou declarações em seu apoio. E só depois de almoço seguiu caminho para o Estádio Alvalade XXI, para a gravação do vídeo de promoção da Taguspark.

Não tivessem os dois momentos coincidido e teria cabido ao PS o pagamento da deslocação do jogador para o encontro com Sócrates.

Mourinho não gostou do guião

O DN revela também que José Moutinho, treinador do Inter de Milão, também chegou a assinar um contrato com o Taguspark, mas, dias antes de gravar a sua parte do filme, arrependeu-se e mandou o dinheiro de volta.

Segundo o jornal, Mourinho discordou do guião da campanha e passou uma nota de crédito já depois de lhe ter sido enviado o cheque.


A rescisão do contrato apanhou de surpresa os administradores da Taguspark e o próprio Figo - a quem garantiram que ia contracenar com treinado do Inter. Mourinho devia dar a táctica e a receita que ex-futebolista executava.


Negocios.pt

24 de Junho de 2009

Sócrates e a sua camarilha mafienta são gentalha da pior espécie.

Não chegava terem feito o que fizeram.

Não chegava terem forjado conversas após terem sido informados que estavam sob escuta, na sequência de uma reunião com o Procurador-Geral da República Sucato-Bananeira.

Têm ainda o desplante de tentar envolver Manuela Ferreira Leite na tramoia que eles urdiram.

Há muitos comentadores e jornalistas que ainda não perceberam que sempre que ouvirem as escutas, têm de olhar para a data: 24 de Junho de 2009.

Há um terminus a quo ou ante quem e um terminus ad quem ou post quem .

É o mínimo da hermenêutica, para quem queira interpretar seja o que for...

Rui Soares, Sócrates, Isaltino. Que companhia...



Oeiras

Taguspark: zangam-se os accionistas, descobrem-se as lutas de poder

por Inês Cardoso, Publicado em 24 de Fevereiro de 2010

Em 2007 Isaltino Morais negociou com Rui Pedro Soares uma lista conjunta para mudar a administração do parque empresarial. No ano seguinte a PT tentou ultrapassar a posição accionista da câmara



São turbulentos os ventos que correm sobre o parque empresarial de Oeiras. Houve negociações, tentativas de mudança do controlo accionista, novos acordos e agora uma declaração de descontentamento da Câmara de Oeiras. “A actual administração, decorridos mais de dois anos sobre o início do seu mandato, não foi ainda capaz de apresentar o referido plano estratégico para a empresa”, acusou ontem o presidente da autarquia.
Num longo comunicado acompanhado de documentos dos dois últimos anos, Isaltino Morais nega que a PT tenha controlado o Taguspark em 2007, como ontem foi noticiado pelo jornal “Público”. Mas admite que nesse ano acordou uma lista conjunta com Rui Pedro Soares, representante da PT. Rui Pedro Soares, relata, apresentou-se “a liderar um grupo de accionistas onde se incluía, para além da própria PT, a CGD, o Millenium, a EDP, o BPI, o IST e na UTL, tudo isto com o apoio implícito do senhor ministro Mariano Gago”.
Por considerar que a administração em funções estava estagnada e “a condenar o Taguspark”, Isaltino assegura ter visto nesse movimento a oportunidade de mudança. Na constituição da lista que veio a tomar conta do parque empresarial, a câmara indicou um administrador executivo, num total de três, e um administrador não executivo, num total de quatro. “Perante esta distribuição, a câmara municipal nunca se considerou secundarizada”, sublinha a nota do gabinete da presidência.
Feita a mudança de equipa, o conflito surgiria no ano seguinte. A PT afirma ter sido contactada por dois accionistas que queriam ceder as suas posições – EDP e BPI. A câmara responsabiliza a empresa de telecomunicações por ter promovido negociações. A concretizar-se a transmissão de acções daquelas duas empresas, a PT passaria a tornar-se a primeira accionista, com 22,07% do Taguspark (a Câmara de Oeiras tinha 16,09%).
Em Outubro de 2008, Isaltino Morais escreve a Zeinal Bava, presidente executivo da PT, para confessar a “profunda surpresa” com a intenção da empresa de ultrapassar a posição accionista da autarquia de Oeiras. “Apela-se aos bons ofícios da PT no sentido de, através do diálogo, encontrar-se uma solução inter partes que satisfaça as posições pretensivas deste município como primeiro accionista que é”, lê-se no referido ofício.
O diálogo terá conduzido a uma solução de compromisso que permitisse à autarquia manter a posição de maior accionista e à PT subir à posição de segunda. Solução que ainda não está finalizada. Foram mobilizados 408 mil euros para aquisição de 43.593 acções do BPI (de um total de 480 mil detidas pelo banco), operação ainda não concretizada “por manifesta demora burocrática do BPI”, segundo a autarquia. Está também já orçamentada a aquisição de 140 mil acções da EDP (que detinha 220 mil), que custarão 1,3 milhões de euros.

I Online




quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Apenas mais uma revelação dos procedimentos de Sócrates

Contar todas as histórias ocuparia talvez 40 volumes, mais alguns de apêndices, como a Grande Enciclopédia Luso-Brasileira da Cultura...


Aqui fica para a posteridade...


Audição na Comissão de Ética

José Sócrates pressionou o director do "Expresso" para não publicar notícia sobre licenciatura

24.02.2010 - 15:35 Por Maria Lopes

O director do "Expresso" contou hoje na Comissão de Ética que na véspera da publicação das notícias sobre a polémica licenciatura de José Sócrates, o primeiro-ministro lhe "telefonou a pedir por tudo que não publicasse" o artigo.


Henrique Monteiro, que está a ser ouvido na comissão, afirmou que foi "pressionado e de uma forma bastante clara".

"Na noite de uma quinta para sexta-feira o senhor primeiro-ministro telefonou-me e pediu-me por tudo para não publicar uma notícia sobre a sua licenciatura", contou o director do Expresso, acrescentando que estiveram "mais de uma hora ao telefone", e que questionou várias vezes José Sócrates se "queria fazer algum desmentido ou correcção".

Mas não, o primeiro-ministro pedia apenas, e reiteradamente, para que o texto não "fosse publicado". "Antes disso", contou ainda Henrique Monteiro, "já várias pessoas, políticos e não políticos me tinham manifestado incomodidade ou estranheza por notícias que tinham saído, mas por notícias que ainda não tinham saído foi a primeira vez".

Henrique Monteiro escreveu depois a José Sócrates uma "carta pessoal, onde disse que lamentava muito estas pressões". "O senhor primeiro-ministro nunca arranjou cinco minutos para me responder", lamentou.

As pressões, afirmou o director do "Expresso", são situações muito desagradáveis. O jornal, disse "pagou um preço": "Passámos a ter mais dificuldade para ter acesso às informações. Henrique Monteiro classificou o episódio de José Sócrates como a segunda maior pressão que alguma vez sofreu. A maior pressão foi, porém, de cariz económico: quando o BES, desagradado com um texto de um jornalista do Expresso, não colocou qualquer anúncio no jornal do grupo Impresa durante um ano e meio.

Público

Off topic: Apenas uma face, oculta

A enjoada



Inês de Medeiros deverá ter de pagar viagens a Paris



Actriz eleita pelo PS pode não ser equiparada a deputada eleita pela Europa. Se assim for, terá de tirar dinheiro do bolso para ir ver os filhos

Inês de Medeiros, deputada socialista, pode vir a ser obrigada a pagar os bilhetes de avião para se deslocar ao fim-de- -semana a Paris, onde morava antes de ser eleita para o Parlamento e onde vivem os seus filhos. Isto acontece porque a maioria dos membros do conselho de administração da Assembleia da República mantém grandes resistências em equiparar a actriz eleita pelo PS no círculo de Lisboa a um deputado eleito pela Europa, soube o i. Os deputados eleitos pelo círculo da Europa têm direito a viagens semanais ao círculo eleitoral, enquanto os eleitos pelo círculo de fora da Europa podem ter acesso, se o desejarem, a duas viagens por mês.

I online



Nas imagens que as televisões têm mostrado da famigerada Comissão de Ética, da Assembleia da República, aparece invariavelmente esta menina com cara de enjoada.

Mas enjoada não pelas trapaças do seu Chefe Máximo, mas pelas coisas incómodas que ouve dizer sobre a espécie de máfia em que se converteu a espécie de partido por quem ela foi eleita.

Enjoados estamos nós por termos de suportar estes deputados medíocres e nos tirarem da boca para lhes pagarem despesas sumptuárias...

Só Sócrates (o último a saber...) não sabia de nada...

Manuela Ferreira Leite confirma que tinha conhecimento do negócio PT/TVI


A presidente do Partido Social Democrata (PSD) confirmou ao "Diário de Notícias" que estava a par do negócio entre a Portugal Telecom e a TVI. "Ora essa, e qual é o crime que está a ser cometido por ser informada? Agora não posso ser informada? Se fui informada, isso só prova que de facto o esquema estava a ser montado e que o crime estava a ser cometido”, afirmou a líder social democrata.

Segundo a edição de hoje do “Diário de Notícias”, Manuela Ferreira Leite, "está desde Junho de 2009 a par dos pormenores do negócio PT/TVI e, segundo o ex-administrador da PT Rui Pedro Soares, chegou a estar de acordo com a compra da estação televisiva".

"As conversas entre Rui Pedro Soares e o advogado Paulo Penedos - capturadas através das escutas do processo 'Face Oculta' - envolvem a líder social-democrata, que estaria, paralelamente, a ser informada do negócio através "dos Ongoing" e "do [José Eduardo] Moniz", escreve o jornal.

Questionada pelo "Diário de Notícias" sobre se o "conteúdo das escutas corresponde à verdade, Manuela Ferreira Leite limitou-se a dizer: 'Ora essa, e qual é o crime que está a ser cometido por ser informada? Agora não posso ser informada? Se fui informada, isso só prova que de facto o esquema estava a ser montado e que o crime estava a ser cometido'".

No dia 24 de Junho de 2009 – dia em que Rui Pedro Soares está em Madrid para finalizar o contrato (o que não chega a acontecer), Ferreira Leite dá uma entrevista na SIC Notícias onde critica o eventual negócio e mostra-se "preocupada" com uma eventual alteração da "linha editorial".

Jornal de Negócios Online

Vara e Rui Pedro Soares em todas. A Face Oculta (com o nariz de fora) sempre por trás...


PT assumiu o controlo da Taguspark em 2007 com apoio de Isaltino, Vara e Governo

24.02.2010 - 07:51 Por José António Cerejo

Isaltino Morais declarou anteontem que a Câmara de Oeiras inviabilizou em 2009 uma tentativa da PT para tomar conta da Taguspark SA, substituindo-se-lhe como principal accionista. As actas do conselho de administração contrariam estas afirmações.



As actas do conselho de administração (CA) da empresa mostram, contudo, que Isaltino foi o mentor de uma operação que veio a ser dirigida por Rui Pedro Soares, então administrador executivo da PT, e Armando Vara, na altura vice-presidente da CGD, e que conduziu, em 2007, à subalternização da autarquia e à entrega da Taguspark à PT e a entidades tuteladas pelo Governo.

Liderada desde a sua criação pela Câmara de Oeiras, que detém 16 por cento do capital, a Taguspark, promotora do parque de ciência e tecnologia homónimo, tinha em 2006 um CA presidido por um quadro camarário, Nuno Vasconcelos, e estava, na prática, nas mãos da autarquia.

A oportunidade que a PT e os accionistas ligados ao Estado não perderam surgiu com uma guerra fratricida entre Isaltino (que o PÚBLICO não conseguiu ontem ouvir) e Vasconcelos, após a eleição do primeiro como independente, em 2005. Face à recusa de Vasconcelos (actual presidente do Instituto da Reabilitação Urbana) em se submeter às orientações do autarca, este tudo fez para afastar a sua equipa, que tinha um vogal da PT (5,9% do capital) e outro do BPI (11%).

Em Outubro de 2006, o autarca chegou a propor ao presidente da empresa que antecipasse voluntariamente, com os seus vogais, o termo do mandato (que terminava em Fevereiro de 2008), dizendo-lhe mesmo que seriam todos compensados com "indemnizações bastante favoráveis". Recusada esta sugestão, foi a vez de Rui Soares, ainda em 2006, comunicar a Vasconcelos a posição da PT a favor da sua saída do CA. O objectivo transmitido por Rui Soares, relatou o presidente ao CA e consta de uma das suas actas, era o de "permitir que fosse encontrada uma solução de gestão em completa consonância com a câmara, posição que teria também o apoio de outros accionistas, como seria o caso da CGD (10% do capital).

Perante esta insistência, o CA decidiu marcar uma assembleia geral (AG) que não chegou a realizar-se devido ao facto de alguns accionistas e o ministro da Ciência, Mariano Gago, se terem mostrado desfavoráveis. Apesar disso, a PT e a CGD, "em sintonia com a câmara", pediram logo a seguir a convocação de outra assembleia para destituir o CA e eleger um novo.

Esta nova tentativa foi bloqueada por Mariano Gago que, segundo se lê na acta de 10 de Janeiro de 2007, se reuniu "com representantes dos accionistas Instituto Superior Técnico (prof. Matos Ferreira) e Universidade Técnica de Lisboa (prof. Lopes da Silva) e dos accionistas com participação pública na PT (dr. Rui Pedro Soares) e CGD (dr. Armando Vara)". Diz ainda o documento que, "tendo presente a posição manifestada pelo ministro em nome do Governo", a PT e a CGD retiraram o pedido de convocação da assembleia.

Já em Março, a PT contra-ataca, sempre com a câmara e a CGD, propondo novamente a destituição e causando a "perplexidade" do CA, "tendo em conta as recomendações expressas do ministro Mariano Gago".

O volte-face surge no fim de Março, dando o prof. Matos Ferreira, então presidente do IST, conta ao CA dos "contactos mantidos com o ministro da Ciência e com o presidente da PT, dr. Henrique Granadeiro" a propósito da destituição do concelho. Nos termos da acta, Mariano Gago deixou aí de se opor aos accionistas que queriam afastar o CA e deu mesmo uma "orientação no sentido de os accionistas IST e da UTL participarem no processo de negociação em curso".

Contactado ontem pelo PÚBLICO sobre se não havia aqui uma situação de ingerência do Governo na vida da empresa e de violação da autonomia universitária, o ministro respondeu por escrito, através do seu gabinete: "O ministério nunca deu, nem tinha competência para dar, quaisquer orientações à UTL ou ao IST, entidades universitárias autónomas, em matérias relacionadas com decisões da AG do Taguspark. Cabe pois aos responsáveis por essas entidades informar sobre as posições por si tomadas nesta matéria."

Dois meses depois a AG destituiu Nuno Vasconcelos, Simões Vasco e André de Oliveira - que levaram em conjunto perto de meio milhão de euros de indemnização - e nomeou o novo concelho. À cabeça ficou Américo Thomati (PT) e como vogais ficaram Tavares de Castro, um colaborador de Isaltino, e Paulo Lages, um quadro técnico da RTP amigo e antigo colega de José Sócrates, num curso de gestão de empresas.

No fim de Maio passado, 15 dias antes de começar a tratar do contrato de Luís Figo com a Taguspark, João Carlos Silva, ex-deputado do PS e ex-administrador da RTP, substituiu Paulo Lajes. Pelo meio, em Maio de 2008, a operação alargou-se à área-chave da gestão imobiliária do Taguspark, passando a administração da sua subsidária Promitagus a integrar Thomati, uma ex-adjunta e um ex-secretário de Estado de Vara e ainda o dirigente socialista e advogado da PT Paulo Penedos, além de um velho colaborador de Isaltino.

Público