Entrevista
«Espero que a legislatura não seja cumprida», diz Campos e
Cunha
Por João Paulo Madeira
Ex-ministro das Finanças considera que a economia pode
enfrentar um «período difícil relativamente prolongado» mas que o Governo vai estar «sempre em pré-campanha»
Há cerca de dez anos, Luís Campos e Cunha decidiu que não investiria mais na bolsa, para poder cumprir os «deveres de cidadania» de forma independente.
Hoje continua a ter as poupanças «aplicadas da forma mais conservadora e banal que se possa imaginar» e sente-se «completamente livre».
Em entrevista ao SOL, o professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova e antigo ministro das Finanças do PS alerta para o risco da deflação, para a ‘degradação’ da classe política e para o perigo de não se tomarem as medidas necessárias para sair da crise.
Campos e Cunha diz que não ficou surpreendido com os resultados eleitorais. «Confirmam a minha angústia», refere.
Sobre o combate à crise, o professor entende que «não vale a pena arruinar as finanças públicas para salvar a economia» e que o «programa português de combate à crise não era grande coisa».
Sem «ambições políticas», o ex-governante sustenta que «um ministro das finanças deve ter a sua própria legitimidade e base de apoio».
joao.madeira@sol.pt
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Quem conhece Sócrates e não se vergao aos seus jogos sujos fala assim...
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