domingo, 8 de novembro de 2009

Isabel Alçada no País da Sucata



Depois de tresler no Pasquim Oficial da Sucatolândia, o defundo DN, um elogio baptismal da novel Ministra da Educação, ocorreu-me pesquisar de onde vinha e quem era a dita senhora.

Rapidamente concluí que, ao contrário do que poderia pensar quem está longe das lides deste misterioso ministério, a senhora vagueia há muito por esta sucata da nossa administração; sucata a caminhar para uma espécie de lixeira de resíduos perigosos para a sobrevivência da Pátria...

Para quem escevinha livrinhos infantis em barda, isto é já currículo que engrandece qualquer burocrata da 5 de Outubro:

  • Técnica no Secretariado da Reestruturação do Ensino Secundário do Ministério da Educação, 1975-1976
  • Técnica na Direcção-Geral da Educação Permanente do Ministério da Educação, 1975
  • Técnica no Centro de Psicologia e Formação, Psicoforma, 1973-1974


  • Nesses anos em que se iniciou o Plano Inclinado em que estamos saltando e correndo, a senhora marcou logo presença, não faltando depois disso como:

  • Comissária do Plano Nacional de Leitura – Ministérios da Educação, da Cultura e Gabinete do Ministro dos Assuntos Parlamentares, 2006; e

  • Investigadora do Instituto de Inovação Educacional, Ministério da Educação.


  • As investigações educacionais têm sido muitas e boas, como se sabe..., de resultados internacionalmente reconhecidos..., mas com o sucesso estatístico interno que ninguém ignora...

    Da ligação ao regime dos gameleiros do PS fala um casamento com Rui Vilar, um dos muitos que vive à conta do aparelho burocrático e fundacional da República. E não haveria de faltar à senhora um nutricional lugar no sistema, como
    Administradora da Fundação de Serralves..., porque como se dizia no século passado, já no XIX, isto de baronia sem comedoria é gaita que não assobia...


    O que mais se realça na senhora, alçada agora ao posto de ministra, são as suas habilitações.

    Da licenciatura em Filosofia, nada a dizer. Muitos licenciados busca a Sucatolândia neste ramo do saber, um dos quais, passando incólome ao que dele disseram as crianças da Casa Pia, é Presidente da Assembleia da República com candidatura aprazada para substituir o teórico da Lei de Gresham aplicada à Política...

    O que merece mesmo destaque é isto:

    Formação Académica

    • Curso de preparação do Doutoramento em Ciências da Educação, Universidade de Liège, Bélgica, 1989
    • Mestrado em Análise Social da Educação, Universidade de Boston, EUA (reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa), 1984

    Do doutoramento, nada! Uma mera preparação para o doutoramento... O doutoramento em si, 20 anos passados deste cursilho nem a nado-morto chegou. Não passou de um óvulo não fecundado neste úbere campo de cursilhos engendrados para compor currículos ministeriáveis...

    Do mestrado bostoniano, igual ao do inenarravel Valter Lemos, outros falaram melhor do que nós...

    A Sra. Dra. Isabel Alçada (que além de excelente escritora de livros – currículo profissional – tem a virtude de estar casada com Rui Vilar – currículo político), apresenta como currículo de governante o que está acima.
    Cerca de 200 pessoas como ela, frequentaram nos idos dos anos 80’s (claro que diversos anos) um curso de Verão, de dois meses, na Universidade de Boston.
    Esses senhores, todos eles ligados às ESE’s (Escolas Superiores de Educação), voltaram para Portugal depois do estio, e como as ESE’s, em pleno desenvolvimento dessa fraude que foram e são os Institutos Politécnicos, precisavam de mestres para lhes atribuir a categoria de Professores Adjuntos (nos Inst. Polit. basta o mestrado para se atingir o topo da carreira – Prof. Coordenador), dirigiram-nos a algumas Universidade de província (Évora, Algarve, Minho e etc.) para aí obterem a equivalência dos cursos de Verão, de dois meses, da Universidade de Boston, a mestrados (grau académico do ensino universitário).
    A certa altura, creio que em 1987 ou 1988, o Ministro da Educação da altura (Roberto Carneiro?) pôs fim a isso.
    Entretanto, cerca de duas centenas de falsos mestres iniciavam as suas carreiras nos IP’s. Foi o caso da dra. Isabel Alçada.
    (Recebido por email)



    Mais palavras para quê? É mais uma artista portuguesa!...



    1 comentário:

    Anónimo disse...

    Isto está pior do que na Itália...