sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O que dizer disto?

De facto, não paramos de descer na indignidade.

Com gentinha desta categoria, apetecia-nos dizer que oficialmente este tipo não é um bandido, oficialmente...

Mas não dizemos, nem aos amigos...

Como é que há gente que aceita fazer parte de um governo dirigido por tal criatura?

Será tudo farinha do mesmo saco?

Quem tivesse um pingo de vergonha não tinha aceite um lugar num governo destes. E se foi ao engano, rapidamente batia com a porta, como fez Campor e Cunha

Isto fede!

E Cavaco Silva continua a sustentar este monstro de indignidade, de indecência, de podridão!...











José Sócrates falava aos jornalistas no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, à entrada para uma sessão sobre os resultados do potencial tecnológico e científico.

De acordo com a edição de hoje do jornal "Sol", "as escutas do processo Face Oculta provam que o primeiro-ministro faltou deliberadamente à verdade quando disse no Parlamento que desconhecia o negócio da compra da TVI pela PT".

José Sócrates reagiu a essa notícia com palavras duras: "Isso não passa de um insulto desse jornal, que não dá uma notícia, mas faz um insulto. Mantenho tudo o que disse no Parlamento e não tenho nada a acrescentar", declarou o líder do Executivo.

Segundo Sócrates, nem ele, "nem o Governo, tinham qualquer conhecimento oficial, nem nenhuma informação prévia de nenhuma intenção empresarial da PT". "Isso é completamente inverdadeiro. Não é verdade o que diz esse jornal e classifico isso apenas como um insulto", insistiu.

Sobre o teor das suas conversas telefónicas com o ex-ministro socialista Armando Vara, arguido no processo Face Oculta, Sócrates deu a seguinte resposta: "Era só o que faltava que agora me pusesse a comentar conversas que tive com pessoas amigas ao telefone e, principalmente, as versões que um jornal diz que eu tive nessas conversas".

O primeiro-ministro afirmou esperar que o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, esclareça, como prometeu, se é possível num Estado de Direito ser pessoalmente escutado "meses a fio", com as suas conversas privadas a serem gravadas e transcritas. José Sócrates começou por se referir à natureza do processo "Face Oculta", deixando uma mensagem de apoio às investigações em curso por parte das autoridades judiciárias.

"Com certeza que o caso Face Oculta merece ser apoiado por parte das autoridades políticas no seu desenvolvimento de investigação. Já disse o quanto me entristece esse caso pelo facto de um amigo meu [Armando Vara] estar nele envolvido, mas o meu dever é incentivar as autoridades a prosseguir no combate à corrupção. E vejo neste caso um evidente sinal de combate à corrupção, que é preciso apoiar", salientou.

"Outra coisa muito diferente - e esse é o ponto e importa não confundir as coisas - é saber se durante meses a fio eu fui escutado - porque isto está a passar todas as marcas -, se essas escutas foram legais e se é possível fazê-las num Estado de Direito. Eu tenho o maior interesse em ser esclarecido sobre isso", disse.

"Desconheço as escutas, não estou a par de nada e sei apenas o que vem nos jornais. Espero que o senhor procurador [Geral da República, Pinto Monteiro], com o esclarecimento que prometeu, possa esclarecer-nos a todos. A questão mais importante para mim é saber se, durante meses a fio, fui escutado, com as conversas a serem transcritas e gravadas, e se isso é legal e possível de ser feito num Estado de Direito", frisou o primeiro-ministro.

Já sobre o teor dos seus diálogos telefónicos com Armando Vara, o primeiro-ministro defendeu que se trataram de "conversas privadas". "Fazem parte da reserva da minha vida privada, tive essas conversas com um amigo. Estou à espera que alguém também diga se essas gravações são verdadeiras", disse.

Sócrates procurou em seguida fazer uma distinção entre as posições assumidas na qualidade de primeiro-ministro e o teor de conversas informais que tem com amigos seus.

"Uma coisa é naturalmente discutirmos, com amigos, como fiz, relativamente a notícias que são publicadas nos jornais e a conhecimentos informais; outra coisa é, como disse no Parlamento, como primeiro-ministro, o conhecimento oficial e o conhecimento prévio desse negócio [compra da TVI pela PT]. Em relação a esse negócio não tenha nada a acrescentar ou a retirar", declarou.

O “Sol” noticia hoje que pelo menos cinco certidões retiradas do processo Face Oculta envolvem José Sócrates em actividades que indiciam o crime de tráfico de influências. Segundo o semanário, nas conversas entre Armando Vara, arguido no processo, e José Sócrates, é mencionado o “dinheiro para as despesas dos cartazes e panfletos que foram distribuídos pelos socialistas nas legislativas” ou o “apoio do futebolista Luís Figo a Sócrates (...) envolvendo o Tagus Park”.

O jornal, que afirma que nas conversas Sócrates “surge sempre como alguém que está ao corrente das operações” e que é mecionado por Vara em encontros com terceiros "como estando a par do que lhes estava a dizer ou a solicitar", adianta ainda que nas conversas que estiveram sob Vara e o primeiro-ministro “falaram também sobre a necessidade de afastar mo presidente da Refer e a respectiva tutela, a então secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino”.

Negócio PT-Prisa terá sido falado entre Sócrates e Vara em Março

O “Sol” avança hoje que José Sócrates sabia previamente de que estavam a decorrer negociações entre a PT e o grupo espanhol Prisa para a compra da TVI. No passado dia 24 de Junho, em pleno debate quinzenal com os partidos na Assembleia da República, o primeiro-ministro foi questionado pelo CDS-PP sobre se tinha conhecimento daquele negócio. Em resposta, José Sócrates afirmou que “o Governo não dá orientações nem recebe informações da PT”.

O jornal recorda que, pouco depois, em declarações aos jornalistas, já fora do hemiciclo, o chefe de Governo voltou a insistir que se tratam de “negócios privados e o estado não se mete nesses negócios”. “Não estou sequer informado disso, nem o Estado tem conhecimento disso”, acrescentou Sócrates.

De acordo com o “Sol”, o primeiro-ministro mentiu ao garantir que não tinha qualquer informação sobre o negócio PT-Prisa. O semanário avança que em Março deste ano, em conversas entre Armando Vara e o primeiro-ministro, que constam no processo “Face Oculta”, o negócio é abordado. Esta será a primeira das nove certidões extraídas pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Aveiro, sublinha o jornal.

O “Sol” recorda que, esta semana, o procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, afirmou que soube do assunto “numa reunião, entre Maio e Junho”, com o procurador do DIAP de Aveiro, titular do inquérito, e com o procurador distrital de Coimbra. “Consultando a agenda oficial de Pinto Monteiro, o Sol constatou que essa reunião ocorreu no dia 24 de Junho, às 11h. Segundo o PGR, a primeira certidão (negócio PT/TVI) foi-lhe remetida no dia 26 de Junho, estando as conversas de Vara e Sócrates gravadas há algumas semanas”, indica o semanário.

Público

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