segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Certeira denúncia da discurso cor-de-rosa dos falsários...



João Salgueiro critica "discurso cor-de-rosa" do Governo

O Governo português utiliza um "discurso cor-de-rosa" quando se refere à evolução económica do país, na opinião do economista João Salgueiro, que hoje foi recebido no Palácio de Belém numa audiência com o Presidente da República Cavaco Silva.


"O discurso é cor-de-rosa", disse João Salgueiro à saída da audiência com o Presidente da República, respondendo a perguntas dos jornalistas sobre as últimas declarações públicas do primeiro-ministro José Sócrates.


"Não tenho que dar soluções nem ao Governo, nem à oposição, mas é fundamental que a classe dirigente racionalize o discurso político face à realidade", acrescentou João Salgueiro.


O ex-presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) falou aos jornalistas na saída do encontro com Cavaco Silva, que foi solicitado por João Salgueiro, tendo dito que manifestou ao Presidente "preocupação face ao futuro".

"Nos últimos dez anos, os governantes conseguiram dar menos aos portugueses do que estes gostariam", disse ainda Salgueiro, frisando concordar com as declarações do governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, na sua última intervenção, quando defendeu a necessidade de começar a corrigir o desequilíbrio das contas públicas já em 2010.

Questionado sobre as mais reice, Salgueiro disse apenas que "se eles dizem, podem fazer".

"A crise no Dubai colocou a Grécia na actual situação e se a Grécia não resolver o seu problema, Portugal pode ser o próximo", considerou, defendendo que "é preciso fazer tudo para reduzir a despesa [pública[, mas que o país ainda não está num ponto de custe o que custar".

Sobre o Orçamento de Estado para 2010, que o governo se prepara para apresentar para discussão, Salgueiro afirmou que é necessário que o Orçamento de Estado "seja claro e uma resposta aos desafios nacionais", recordando que Portugal tem o pior desempenho económico, quer da Zona Euro, quer da União Europeia a 27, desde o princípio do novo século.



Sic OnLine




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