sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Falta de vergonha

Sócrates é uma nulidade em tudo o que não seja maquiavelismo politiqueiro.

Mas julga-se uma sumidade até para fazer discursos no estrangeiro sobre economia.

O recente conflito com Fernando Ulrich patenteia a falta de categoria daquele medíocre criatura que nem categoria tem para ser presidente de junta de freguesia, mas que para desgraça nossa continua como primeiro-ministro



Camilo Lourenço

Quem não tem vergonha




"Os causadores da crise financeira são os primeiros a queixar-se das acções do Estado que permitiram a resolução dessa crise. (…) O Estado esteve disponível e com vontade de não permitir uma catástrofe do sistema financeiro. É muito curioso que sejam agora os bancos a queixarem-se". Assinado: José Sócrates.

Cada cavadela, cada minhoca. É o mínimo que se pode dizer da reacção ao estudo do BPI que diz que o endividamento consolidado do Estado já chegou a 100% do PIB. O estudo é inocente? Não. Pelo menos no "timing". Mas é útil. E até devia ter sido encomendado ao exterior pelo Governo para ficarmos a conhecer, de fonte independente, a real situação das finanças públicas.
Sócrates confirmou ontem que, além de não ter vergonha, sabe faltar à verdade. Porque as garantias dadas pelo Estado aos bancos, para baixarem o custo de financiamento no pior período da crise financeira, não oneraram o Orçamento (além de que a culpa da crise não foi da banca nacional). E porque o disparo da dívida do Estado, de que o estudo fala, é o reflexo de um problema estrutural da nossa economia. Que Sócrates conhece, mas não fez nada para resolver. Apesar da maioria absoluta que teve.

Jornal de Negócios


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