quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

E depois falam do Berlusconi...


Director-adjunto do jornal Sol mantém acusações de interferência política

21h06m

O director-adjunto do semanário Sol, José António Lima, garantiu hoje, quinta-feira, ao organismo regulador dos media que uma pessoa próxima do primeiro-ministro tentou interferir no jornal, corroborando as acusações avançadas pelo director do título.

"Corroborei completamente" as afirmações que o director do Sol já tinha feito à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), disse José António Lima à saída de uma audição naquele organismo.

O responsável foi chamado à ERC no âmbito de um processo de investigação sobre alegadas interferências do Governo em alguns órgãos de comunicação social e, nomeadamente no Sol, denunciadas por José António Saraiva à revista Sábado.

Segundo afirmou o director do Sol à Sábado, "uma pessoa do círculo próximo do primeiro-ministro e que conhecia muito bem a situação do jornal e a [sua] relação com o banco BCP" disse à direcção que os problemas da empresa "ficariam resolvidos" se o jornal não publicasse "a segunda notícia do Freeport".

"Falei [à ERC] das pressões que foram exercidas sobre a direcção do Sol por pessoas próximas do primeiro-ministro para não publicarmos notícias sobre o caso Freeport", contou José António Lima depois de duas horas e meia de audição.

A investigação da ERC já dura há mais de um mês e já levou o organismo a ouvir depoimentos de vários accionistas do jornal, entre os quais o director, José António Saraiva, e o subdirector, Mário Ramires, além do então responsável pela participação do BCP no capital do Sol, Paulo Azevedo, e o empresário Fortunato de Almeida.

JN


Sem comentários: