quinta-feira, 4 de março de 2010

Mais uma história que não é para crianças

1 comentário:

lica disse...

13º mês

A proposta do CDS/PP para cortar o 13º mês nos salários dos políticos foi hoje chumbada no Parlamento, com os votos contra do Bloco de Esquerda, PCP, PS e a abstenção do PSD.

O CDS-PP apresentou formalmente na semana passada as suas propostas para o Orçamento do Estado para 2010 e entre elas constava um corte de um mês de salário dos responsáveis políticos e de empresas do Estado.

Na votação que ocorreu esta tarde, no terceiro dia de debate na especialidade que durou três dias no Parlamento, os três partidos da esquerda criticaram a proposta dos populares.

Afonso Candal, do PS, acusou o CDS de populismo nesta proposta, dizendo que os dirigentes políticos “não saem caros ao país pelo que ganham”, mas antes “quando adoptam políticas erradas”.

O socialista lembrou que os dep*tados não ganham sequer 2.500 euros líquidos por mês e que há na administração pública quem “ganhe muito mais”. Candal acrescentou que “se se entra numa onda sucessiva de retirar privilégios, só exerce lugares políticos quem usa porventura essa posição para retirar outros benefícios, ou tem um património elevado para poder vir para a política”.

Esta proposta de reduzir os salários dos políticos tem vindo a ser defendida por Paulo Portas. Num debate quinzenal na AR o líder do CDS/PP questionou o primeiro-ministro sobre a disponibilidade de haver cortes nos salários dos políticos. José Sócrates respondeu considerando a proposta de “populista” e que “não resolve o problema” do défice.

“Está disposto a tocar no seu próprio salário, dos ministros, do Presidente da República, dos dep*tados?”, questionou Paulo Portas “Não estou de acordo com medidas que apenas tenham efeitos morais, restringir os ordenados os políticos ou acabar com o décimo terceiro mês não resolve o problema”, respondeu Sócrates.