quarta-feira, 10 de março de 2010

Um bom sucessor de Sócrates

António Costa é, sem dúvida, um bom sucessor de Sócrates. Não tem aquele provinciano aspecto de biscateiro do Zezito de Vilar de Maçada.

E garante todo o funcionamento maçónico-mafioso do antecessor.

Em tudo o que seja abafar e calar, ele está por trás. Lembram-se do Caso Casa Pia?...

José Eduardo Moniz acusa António Costa de pressões sobre a informação da TVI

José Eduardo Moniz, ouvido hoje no Parlamento no âmbito das audições sobre liberdade de expressão, acusou António Costa de ter interferido, junto da administração da TVI, tentando impedir uma peça da jornalista Ana Leal sobre o Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) sobre o qual recaíram suspeitas de tráfico de influências.

Segundo Moniz, António Costa terá ligado para o administrador da Media Capital Miguel Gil fazendo “enormes pressões” exigindo que a peça não passasse pois estava cheia de incorrecções. E que mesmo depois de Moniz ter falado com a jornalista e ter visionado a peça, confirmando que era credível, que Miguel Gil decidiu à mesma encontrar-se com António Costa e que continuou a insistir na não divulgação da peça com base em documentos fornecidos por António Costa.

O caso, que remonta a 2008, falava de um custo de 485,5 milhões de euros gasto pelo Ministério da Administração Interna, então dirigido por António Costa, cinco vezes mais do que poderia ter gasto se tivesse optado por outro modelo técnico e financeiro. A suspeita de tráfico de influências foi arquivada pelo Ministério Público em Março de 2009.

Moniz acusou ainda o executivo de Sócrates de ter pressionado a Prisa no sentido de influenciar a informação da TVI a ser pró referendo ao aborto em 2007 e que Pais do Amaral, já em 2001, ainda era primeiro-ministro António Guterres e José Sócrates ministro do ambiente, o chamou para lhe comunicar que Sócrates era seu amigo e que não queria negócios estragados por causa das notícias da TVI. Moniz referia-se a uma reportagem sobre um aterro sanitário em Évora. Pais do Amaral terá então referido que não estava para voltar a ter problemas como tivera no "Independente". O antigo director da TVI acrescentou que "houve um conjunto de incidentes, com Miguel Pais do Amaral a solicitar a correcção da linha editorial da empresa e a cabeça de Manuela Moura Guedes".

Mas adiantou que, com a Prisa, as coisas se complicaram: “Logo de início percebi que a minha vida ia ser muito complicada”. E que no primeiro encontro cara a cara com José Luís Cébrian, da Prisa, lhe foi comunicado pessoalmente para “ter cuidado com a informação”.

Público



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