sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Candidamente



Um dia antes de Cândida Almeida
“ilibar” Sócrates do caso Freeport, já Vital Moreira tinha publicado no blogue siciliano Cosa Nostra esta pérola da propaganda blogosférica:

Habilidades jornalístcas

Noticiando que Sócrates não vai ser acusado no caso Freeport, o Público dizia ontem que o «Primeiro-ministro foi suspeito durante quase seis anos, nunca tendo sido constituído arguido.»
Há aqui uma dupla incorrecção. Primeiro, Sócrates nunca esteve na situação de "suspeito" na investigação, pela simples razão que nunca houve contra ele nenhum indício relevante; segundo, para a generalidade da imprensa ele não foi simplesmente suspeito, mas sim expeditamente acusado e sumariamente condenado. Em vez de continuar a insinuar suspeitas que nunca tiveram o mínimo fundamento (persistindo em referir "indícios" inexistentes), a imprensa que participou no prolongado e malévolo "julgamento popular" de Sócrates deveria agora retractar-se e pedir desculpas ao visado e aos seus leitores.
Era o mínimo exigido pela seriedade, responsabilidade e boa-fé jornalística. Mas já se viu que tal não vai suceder. A instrumentalização mediática do processo Freeport contra Sócrates, nascida de uma comprovada conspiração política, há-de permanecer como um escandaloso exemplo de irresponsabilidade e de perseguição política da imprensa em Portugal. Se tivessem vergonha, deveriam envergonhar-se...



Seria grave que Vital Moreira se antecipasse a Cândida Almeida e ao DCIAP, mas conhecidas as águas em que funciona o ministério privado de Pinto Monteiro nada se estranha.

Ao contrário do que o patranheiro Vital vem dizer, Sócrates sempre esteve e continua a estar facticamente indiciado da prática de actos passíveis de serem qualificados como ilícitos penais, por mais cabalhotas processuais e interpretativas que
engendremos funcionários escalados por Pinto Monteiro...

A prova de que o Caso Freeport não é uma conspiração política é a existência de vários arguidos, entre os quais não está Sócrates por atempadamente Souto Moura ter sido substituído que quem se tem prestado a bizarros guiões que indignificam a magistratura do MP e os investigadores da PJ...


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