segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Verdadeira face oculta do PS



O PS E A IMPRENSA

O Partido Socialista gosta de ostentar galardões em prol da liberdade de imprensa e Mário Soares veio em defesa de Sócrates agitar os seus pergaminhos. Como a luta pela liberdade de expressão e de imprensa não era um monopólio do PS antes de 1974, proponho que se analisem as coisas ocorridas depois do 25 de Abril. Ao ataque de que a "República", próxima do PS, foi alvo em 1975, por forças à sua esquerda, respondeu o PS, anos depois, com o encerramento de todo o grupo "Século", pela mão de Manuel Alegre, então com funções governativas nessa área - foi o primeiro caso em que o PS resolveu acabar com uma voz que lhe era incómoda, não se preocupando nem com o desemprego causado, nem com o facto de estar a encerrar um dos grupos de imprensa com maior História em Portugal. A geração de dirigentes do PS dessa época passou, depois, a querer criar jornais que seguissem a cartilha do partido, sempre com assinalável dose de insucesso comercial - desde o extinto "Portugal Hoje" que se esboroou a combater Eanes, até à aventura com Robert Maxwell, que acabou no meio da trapalhada do caso Emaudio. Ao longo destes vários casos, o PS sacrificou jornalistas, fez e desfez empresas e postos de trabalho. A geração pós-Soares, esta que agora está no poder, é muito mais profissional e eficaz nesta matéria: usa-se o aparelho de Estado, a pressão, a influência e se necessário for o dinheiro para alcançar os objectivos.


Manuel Falcão
Negocios.pt

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