sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Impunidade da crapulice...



05 Fevereiro 2010 - 13h34

Plano visava controlar comunicação social

Sócrates: Indícios de “atentado contra Estado de Direito”

O procurador da República e o juiz de instrução do processo ‘Face Oculta’ mandaram extrair certidões para que fosse instaurado um inquérito a um plano do Governo, liderado pelo primeiro-ministro José Sócrates para controlar a TVI e outros meios de comunicação social, algo que significa indícios de “atentado contra o Estado de Direito”.

Tal como o CM anunciou esta sexta-feira, a Polícia Judiciária apreendeu uma minuta de um contrato de aquisição da Media Capital por parte da PT. Esta é uma das provas reunidas na investigação do processo ‘Face Oculta’ e demonstra a existência de um negócio que visava a compra da TVI.

Costa Gomes, juiz do Tribunal de Aveiro, considerou o documento um indício do envolvimento do primeiro-ministro José Sócrates no que entendia ser uma estratégia para condicionar a liberdade de expressão. Manuela Moura Guedes seria afastada, José Eduardo Moniz silenciado.

'Um plano em que estará directamente envolvido o Governo, nomeadamente o primeiro-ministro, visando o controlo da estação de televisão TVI e o afastamento da jornalista Manuela Moura Guedes e do seu marido, José Eduardo Moniz, para controlar o teor das notícias', escreve o juiz, na certidão enviada para a PGR e que indiciava José Sócrates pelo crime de atentado contra o Estado de Direito.

O despacho diz ainda que o plano se tornava claro através da análise de conversações mantidas entre Paulo Penedos e Armando Vara.

O mesmo magistrado considerava que das conversas 'resultavam fortes indícios de que as pessoas envolvidas no plano tentaram condicionar a actuação do presidente da República procurando evitar que fizesse uma apreciação crítica do negócio'.

REACÇÕES

O gabinete do primeiro-ministro disse à SIC Notícias que não será feita qualquer reacção, para já, e sublinhou que caso foi arquivado.

Já Pacheco Pereira reagiu à notícia sustentando que o caso demonstra existir uma perseguição do actual Governo à comunicação social. “Estamos perante um padrão de intolerância”, disse o deputado social-democrata aos jornalistas, lembrando ainda o caso recente de Mário Crespo. “O que é grave é que há actos. Não é apenas um problema de opiniões”, sustentou.


Correio da Manhã



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