sábado, 26 de janeiro de 2008



Extraído do Diário de Notícias, de 26 de Janeiro de 2008, sem comentários:

FOLCLORE DA DEMOCRACIA

Neste Portugal do século XXI há políticos que ainda não interiorizaram o que é uma sociedade democrática. É o caso do actual primeiro-ministro. Convencido que se afirma com a arrogância na pose e o desprezo pela opinião contrária, ei-lo a desdenhar e a diminuir os que não se conformam com o seu soberano entendimento. Não há muito, confrontado no Parlamento Europeu com a contestação de alguns deputados, logo a apelidou de "folclore da democracia". E ainda agora, na Cimeira de Braga, fazendo-se ouvir vozes em defesa de Olivença, tornou a classificar essa saudável manifestação de cidadania como "parte do folclore democrático". Não lhe fica nada bem e nem é admissível tal atitude da parte de um governante. De um primeiro-ministro espera-se que ao referir-se à intervenção política dos seus concidadãos use de algum decoro cívico e algum espírito democrático.

António João Teixeira Marques (Almada)


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