quarta-feira, 16 de abril de 2008

Democraticamente...


Escreveram-se milhares de palavras nos jornais sobre o Tratado. As televisões e as rádios organizaram programas, alguns de natureza pedagógica.
Só haverá uma conclusão possível, se aceitarmos que uma democracia é constituída por cidadãos livres que se informam ou não, conforme a sua vontade e o seu interesse. Quem quis informar-se pôde, de um modo ou de outro, fazê-lo. Quem não quis está no seu absoluto direito.
Não vale a pena continuar a dizer que o Parlamento vai ratificar o Tratado nas costas do povo ou da sua santa ignorância.

Teresa de Sousa
Público
16/04/2008


Teresa de Sousa, na sua sábia vacuidade, é um modelo perfeito da pueril absorção da versão infantil do que é a União Europeia, bem diferente da versão para adultos desmascaradora dos verdadeiros projectos neoimperialistas das suas principais potências.

Não desiste de doutrinar o povo na nova religião do século que é o provincianismo europeísta, nos jornais, nas televisões e até nas escolas onde as ignaras gerações do telemóvel assimilam as patranhas europeístas com que nas últimas décadas se vem lavando o cérebro às criancinhas ao mesmo tempo que se lhes recusa o conhecimento da História Pátria negadora da obsessão dominante.

Não se estranha, pois, a sua interpretação socratina do que seja a democracia: quem quisesse conhecer o Tratado de Lisboa que o lesse ou que lesse a propaganda por ela vomitada nos jornais; quanto ao direito a aprovar o tratado, pertence exclusivamente aos senhores deputados a mando do engenheiro Sócrates. Melhor não conseguiu fazer Salazar com a aprovação da Constituição de 1933...

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