Depois de ensino secundário com formação insuficiente
Ordem dos Engenheiros critica facilitismo para entrar nalguns cursos
O bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando Santo, criticou hoje o facilitismo no acesso a alguns cursos de engenharia, após um ensino secundário onde a formação nas áreas da matemática, física e química é insuficiente. Segundo Fernando Santo, devido à falta de formação básica nas áreas de engenharia, "as universidades e os politécnicos têm pela frente um problema".
"Ou mantêm as regras de exigência adequadas às formações e exigências que querem garantir no final dos cursos aos seus alunos - e então terão muitos poucos alunos e estará em causa a sua sobrevivência -, ou têm de abrir as portas para adequar as exigências à falta de formação nivelando por baixo e, infelizmente, é isso o que está a suceder em muitas escolas", afirmou o bastonário, no dia em que foram conhecidas as vagas no ensino superior público para o próximo ano lectivo.
O bastonário realçou, ainda, que no ano passado "apenas quatro Institutos Politécnicos exigiam matemática como cadeira específica" para cursos de engenharia, pelo que "os alunos poderiam entrar nos outros politécnicos sem matemática, porque não era exigida". "É por esta via do facilitismo que estamos a encher o número de vagas, que são desejáveis a nível do país, mas que tem aqui um 'handicap' grave em termos de formação base", realçou.
09.07.2008 - 15h00 Lusa
quinta-feira, 10 de julho de 2008
À atenção do engenheiro e da socióloga
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