Apesar de só 20% dos conteúdos do Exame Nacional de Matemática do 9.º ano de escolaridade respeitarem a este ano lectivo (o resto eram conteúdos do 4.º, 6.º e 7.º anos), metade dos alunos continua a ter negativa no Exame.
Isto dá a imagem do valor real dos alunos portugueses e da fraude que o Ministério da Educação impõe aos professores.
Nem com esta burla, Maria de Lurdes Rodrigues conseguiu esconder a mentira que é o sistema educativo.
Nem com um teste feito para alunos do 7.º ano, nem impondo critérios de correcção viciados, nem forçando alguns professores correctores a subirem de níveis 2 para níveis 3, os embusteiros do Ministério da Educação conseguiram melhor do que 50% de negativas.
Os autores da burla deveriam ter vergonha e demitir-se... O País está condenado enquanto o Ministério da Educação se comportar como um bando de falsários que quer fabricar sucesso estatístico à força...
Mais de metade dos alunos tiveram positiva no exame
Negativas na prova de Matemática do nono ano caem quase 40 por cento num ano
10.07.2008 - 21h59 Isabel Leiria
Depois do sucesso no exame nacional de Matemática do 12.º ano, com a média nacional dos alunos internos a disparar para os 14 valores (em 20), agora foram os alunos do 9.º que revelaram uma melhoria muito significativa em relação à prova de 2007. A percentagem de negativas caiu de 72,8 por cento para 44,9 por cento, o que significa que há menos 38,3 por cento de notas negativas face à prova de 2007.
Em comunicado, o Ministério da Educação (ME) sugere algumas explicações para esta evolução. A saber: o “esforço dos professores e alunos” e os “instrumentos de apoio”. “Os alunos que agora fizeram exames trabalharam pelo segundo ano consecutivo no contexto do Plano de Acção para a Matemática”, lembra o ME.
Este programa, estreado em 2006 nas escolas básicas com 2.º e 3.º ciclo, não deu quaisquer frutos em termos de resultados nos exames nacionais no ano passado. Em 2007 aconteceu mesmo o pior resultado de sempre, com quase três em cada quatro alunos a chumbar na prova.
Mas para os professores da disciplina existem outras razões que podem explicar o sucesso deste ano, que se traduz numa duplicação das positivas. Tanto a Associação de Professores de Matemática (APM) como a Sociedade de Professores de Matemática (SPM) consideraram, no dia em que foi conhecida a prova, que o exame tinha sido o mais fácil de sempre (foram estreados em 2005).
“Em todos os casos os conceitos avaliados são simples e testados com exemplos demasiado elementares”, apontou a SPM em comunicado, acrescentando que havia questões que podiam ser resolvidas por alunos do 2.º ciclo e até do 1.º (até ao 4.º ano) e que de fora tinham ficado tópicos “importantes do 9.º”, como equações e polígonos. A APM fez um comentário semelhante e escreveu que, sendo muito provável que os resultados venham a ser melhores face aos dos anos anteriores, tal não significará necessariamente que “existiu uma melhoria nas aprendizagens dos alunos”.
Esta alegada maior facilidade poderá ajudar a explicar o facto de a percentagem de notas de nível 5 (a mais alta) ter subido de 1,4 por cento para 8,3 por cento. As classificações equivalentes a Bom (nível 4) dispararam de oito por cento para 21,4. A que se juntam 25,5 por cento de Satisfaz. Tudo somado, houve mais alunos a ter positiva do que negativa a Matemática. A classificação mais baixa de todas (nível 1), por exemplo, foi atribuída a apenas 3,3 por cento. Em 2007, foram 25 por cento a ter esta nota.
O director do Gabinete de Avaliação Educacional (Gave), organismo responsável pela elaboração das provas, sempre rejeitou estas críticas e alegou que o exame tinha sido “muito claro”, o que fez com que “a leitura fosse mais simples, mesmo quando as questões eram mais complexas”. Além disso, a prova contou com mais meia hora de duração em relação aos anos anteriores.
Em relação ao Português, o número de positivas foi semelhante ao do ano passado: 83,4 por cento contra 86,4 em 2007, com a grande maioria dos alunos a ter notas de 3 e 4.
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