sexta-feira, 18 de julho de 2008

Blá, Blá, Blá...


Bem pode o Primeiro-Ministro fazer a propaganda que quiser sobre o Aborto Ortográfico e a projecção da língua portuguesa no Mundo que advirá de tal criatura mal parida.

A realidade é esta. E veremos se o admirador de Zapatero tem tomates a sério ou é só a habitual lenga-lenga de que falava o Provedor de Justiça...


Só inglês, francês e alemão

Associação portuguesa de patentes alerta para novas regras europeias que não contemplam o português

Uma nova legislação europeia sobre patentes obriga a que estejam registadas apenas em inglês, francês ou alemão. A associação portuguesa do sector alerta que milhares de empresas portuguesas são prejudicadas e espera que o Governo português siga o exemplo espanhol e não assine

Segundo a ACPI (Associação dos Consultores de Propriedade Industrial) a alteração das exigências linguísticas do registo de patentes na Europa vai custar milhares de euros por patente às empresas portuguesas só em traduções, dificultando a transferência de tecnologia e a inovação no país.

«As mais prejudicadas com a projectada alteração serão as pequenas e médias empresas (PME) que não podem pagar uma média de três mil euros para traduzir cada patente, sabendo-se que cada inovação ou cada nova invenção tem cinco, seis ou sete patentes», disse à agência Lusa César Bessa Monteiro, presidente da ACPI.

Em causa está uma alteração à legislação de protecção de patentes que vigora em todos os países da Europa e que obriga quem quer registar a patente a traduzir essa patente na língua dos mercados onde a protecção vai vigorar.

«Com a actual proposta do Tratado de Londres, as patentes passam a estar disponíveis apenas em inglês, francês e alemão e deixam de estar disponíveis em português», afirmou César Bessa Monteiro.

«A nova legislação só beneficia as grandes empresas das grandes potências e sobretudo os Estados Unidos e o Japão», acrescentou.

Com centenas de páginas por patente - que inclui um sumário, uma memória descritiva e uma terceira parte a explicitar o objecto da protecção - a ACPI garante que se as novas regras entrarem em vigor vão estrangular a inovação no país.

«É aliás contraditório Portugal votar a favor do tratado de Londres, porque a política do Governo é favorecer a inovação», disse o presidente da ACPI que exige que o Executivo português se mostre contra o tratado.

«Espanha já disse que não ia assinar, para proteger a sua língua e as suas empresas. Do Governo português ainda não vemos nenhuma atitude claramente contra o tratado», afirmou Bessa Monteiro.

Lusa/SOL

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