segunda-feira, 30 de junho de 2008

A CONFAP e a polémica dos Exames



Com tanto alarido à volta dos Exames Nacionais, já estranhava o silêncio do quase secretário de estado ou ministro que é o seu presidente Albino Almeida.

Para já a CONFAP continua a merecer viver à conta do chorudo orçamento que a Ministra da Educação lhe defere anualmente.

Embora sem a desfaçatez de se pôr ostensivamente ao lado do Ministério tergiversou o suficiente para se perceber o incómodo em que está metido.

Há cada vez mais encarregados de educação descontentes com a imagem da CONFAP como o braço popular de Maria de Lurdes Rodrigues.

Fez um comunicado suficientemente desculpabilizante para a sublime ministra, fingindo que não viu a burla que está à vista de todos.

Para desviar as atenções do essencial e atirar areia para cima dos olhos dos outros faz mais umas propostas no seu jeito habitual, num comunicado que abaixo se transcreve para evitar que magicamente ele apareça tresmudado...

E criou um forum de discussão sobre o assunto, para já pouco frequentado, mas cujo tema de discussão já diz tudo por si só:





Debater os Exames 2008 no Fórum Confap


Todos os anos, nesta época, os exames são alvo dos mais díspares comentários - uns a favor, outros contra, fáceis para uns, difíceis para outros. No meio de toda a polémica estão os interesses dos nossos filhos e a nossa vontade numa educação de qualidade que os prepare para a vida.

Então, o que fazer:

- Esperar pelos resultados dos exames, para perceber se o 'facilitismo' de que falam alguns será, mesmo, confirmado pelos resultados dos alunos!

- Ou, antes de os conhecer, exigir a sua ulterior comparação com as notas internas dos alunos, durante os três anos do 3.º Ciclo, bem como durante a frequência do Secundário?

E, porque não exigir a mesma comparação para as Provas de Aferição, relativamente ao 1.º e 2.º Ciclos?

Verificamos que, por exemplo, quer na consulta no sítio da Sociedade de Professores de Matemática (www.spm.pt) acerca dos Pareceres sobre as Provas de Exame do 9.º Ano (20 de Junho) e do 12.º Ano (23 de Junho), quer quanto aos comentários na Imprensa a propósito dos mesmos, não nos permite tirar nenhuma ilação.

Propomos, entretanto, esta questão: Quantos jovens (não os adultos, sejam, ou não,'barras' a matemática!) do nosso sistema de Ensino terão, por exemplo, respondido com acerto às DUAS questões referentes a uma situação problemática colocada na Prova de Exame do 9.º a uma hipotética Associação de Estudantes?

Por isso, a Confap considera pertinente a comparação entre as notas internas dos alunos, as notas das provas de aferição e as notas dos exames! Na totalidade e por conteúdos!

É necessário que se faça uma reflexão honesta e consistente sobre esta matéria. Nesse sentido a Confap, como movimento associativo heterogéneo que congrega Associações e Federações com as suas múltiplas sensibilidades, decidiu lançar o Debate sobre os Exames na sua página (www.confap.pt), nomeadamente, no Fórum Confap, como meio/local para se exercer essa reflexão aberta e alargada, apelando aos seus associados e pais em geral para contribuírem para este Debate.

O CE da Confap



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