quinta-feira, 19 de junho de 2008

Poder político-policial socratino


Se isto é verdade, confirma-se que o exercício socratino do poder político-policial está cada vez mais refinado:

A PSP não é controlada democraticamente - O GOE ao serviço dos Partidos e da Maçonaria

A PSP - Polícia de Segurança Pública - tem serviços secretos, de escuta ilegal, de espionagem, no GOE, o chamado Grupo de Operações Especiais .Tudo ilegal.

A PSP não tem qualquer controlo democrático. Ninguém , exterior à PSP, controla o uso desses equipamentos, nem o resultado da sua utilização.

A PSP possui, HÁ MUITOS ANOS, serviços de escutas telefónicas, ilegais, no GOE.

O GOE funciona como unidade operacional de actividades secretas, também no interesse de pessoas, partidos e grupos no interior da PSP, que não são controlados pelo Estado.

O Ministério Púiblico, os Juízes, outras pessoas, são controladas pela PSP através dos equipamentos do Grupo de Operações Especiais, autêntica unidade de reserva do Poder, das Hierarquias da PSP, do Partido Socialista e da Maçonaria, para, actuando à margem da lei, beneficiar pessoas, partidos e grupos.

O GOE possui na sua sede potentes e poderosos equipamentos de escutas ilegais, de vigilância, sobre Juizes, advogados, magistrados do Ministério Público, entre outros.

O GOE da PSP tem equipas de vigilância sobre as movimentações do arguido Carlos Silvino da Silva, o "Bibi", usando carrinhas, com equipamentos de escutas, de vídeo , operados por agentes que depois reportam os passos daquele, com quem falou, com quem esteve, onde.

Nomeadamente, os serviços do GOE vigiam também os juízes do Processo Casa Pia, depois de terem imposto a "segurança pessoal", sendo os agentes obrigados a fornecer às hierarquias relatórios diários dos contactos dos magistrados, para os interesses que estão por detrás desta actividade irem tentando perceber qual o sentido da sua decisão, ou seja, se condenam ou absolvem os arguidos e que arguidos.

O GOE pode saber, exactamente, tudo o que os magistrados do Processo Casa Pia dizem, já que os equipamentos de escuta que transportam na carrinha o permitem .

Objectivo: Controlar os contactos dos magistrados para saber em que sentido vai a sua decisão,com quem se relacionam, com que pessoas falam, onde vão.

Quanto ao Carlos Silvino da Silva , o "Bibi", o objectivo é saber os passos que dá, que pessoas contacta, mesmo quando se dirige ao escritório do seu advogado.

Mais até, um individuo que hoje tem um altíssimo cargo na PSP criou uma equipa especial de agentes para fazer serviço privado para ele.

O "trabalho" desse grupo de funcionários era fazer seguimentos a altos oficiais da Policia de Segurança Pública, de forma a esse individuo saber quem contactavam, o que faziam, para controlar os passos da tutela em relação a nomeações para altos cargos na PSP.!

Esta matéria deve ser investigada pela Procuradoria Geral da República, porque a PSP, através do GOE, converteu-se num Estado dentro do Estado.

Por outro lado, a PGR deve investigar para onde vão os relatórios sobre as movimentações, deslocações, dos magistrados que têm "segurança" a cargo da PSP. Como são tratados esses dados, a quem são reportados.

A "segurança" nada mais é que controlo à boa maneira da PIDE e da GESTAPO. Sob a capa de necessidade de segurança, interesses particulares controlam os passos dos magistrados.

Quando deveria ser segurança pessoal e nada mais.

Nós pagamos estas actividades "encobertas", ilegais, mas a PSP não pode estar ao serviço, por exemplo, do seu Director Nacional, da Maçonaria, do PS ou do PSD, do Opus Dei, dos interesses particulares dos dirigentes da PSP.

Tudo isto tem de ser investigado, porque é verdade e é muito grave.

E é uma vergonha. O desaforo da PSP vai muito longe, longe demais. Num regime democrático esta actividade da PSP é antidemocrática, ilegal, e mesmo criminosa.

A AR, o Governo, as outras polícias sabem que a PSP tem no GOE esse serviço. Que tem lá os equipamentos. E que os não pode usar mas usa. É o Reino do faz de conta.

Os magistrados nada podem contra a Polícia. A Polícia faz o que quer. A democracia está nas mãos da polícia que usa como quer o poder, sabendo que ninguém os controla.

A informação - verdadeira - que um dirigente da PSP criou uma equipa de "detectives privados", ao seu serviço, para saber quem os seus colegas do topo da hierarquia contactavam, é de gritos!

Na prática o individuo mandava homens da PSP seguir altos dirigentes da PSP, para saber as suas movimentações, com quem falavam, quem contactavam, para ele saber se algum estava melhor colocado para ser Director Nacional!!!

A PGR deve investigar tudo isto e devem ser chamados detectives da União Europeia para integrar a equipa de investigação, ou isto tudo não é investigado. Porque aqui em Portugal há um regime de marajás.

Mas isto tem de ser denunciado, investigado, punido.

A bem da democracia.

NOTA: Foram feitas pequenas correcções no texto cerca das 09H35 de 19/6/2008 e cerca das 16H59.

José Maria Martins


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PS (Ou melhor, PSD): Pelo menos nesta matéria o Bloco Central já funciona, ou nunca deixou de funcionar...

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