quinta-feira, 27 de março de 2008

O preço da mentira...


Ontem, no Parlamento, uma senhora deputada socratina tentou fazer querer que não há motivo para se criticar a ponderação das classificações dos alunos na avaliação dos professores com o argumento de que só conta 6 vírgula qualquer coisa por cento...

A senhora deputada da Nação não percebe que, nesta questão, o mais importante não é o impacto que as classificações dos alunos têm na avaliação dos professores, mas exactamente o inverso: o impacto altamente negativo que essa regra tem na avaliação dos alunos.

Se essa regra fosse irrelevante porquê tanta teimosia da ministra anarquista em mantê-la no sistema de avaliação dos professores?

Ela não está lá por acaso! Está lá precisamente como mais um dos instrumentos que o Ministério da Educação criou para obter um sucesso educativo meramente estatístico.

Só esta evidência seria suficiente para que qualquer pessoa bem intencionada não recorresse a esta trapaça para manipular os resultados escolares à custa de mais pressão sobre os professores.

Conhecendo-se os efeitos perversos da mentira da avaliação, por que razão teimará o Ministério da Educação em forçar os professores a fabricarem sucesso estatístico.

O País ainda vai sobrevivendo como ministras, ministros e primeiro-ministros incompetentes.

Mas para Portugal continuar a funcionar alguém tem de saber fazer cálculos matemáticos, projectar pontes, fazer barragens, construir motores, interpretar leis, programar computadores ou simplesmente coser a bainha de uma calças.

Por este andar só contratando estrangeiros.

E os portugueses vão servir bicas para os cafés? É que há russos e ucranianos dispostos a ganhar menos e com mais habilitações do que os ignorantes que saem actualmente das escolas...

A quem beneficiará a mentira na avaliação dos alunos?

A menos que os iluminados do Ministério da Educação sejam um bando de loucos apostados em destruir Portugal, não se percebe quem ganha com a mentira na avaliação...








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