A história não é perfeitamente assim. E como diz o ditado popular, «quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto».
Pelo menos a moral da história é a que se segue.
Um casal destes modernaços, educado no sociologismo pós-moderno foi fazer compras ao hiper-mercado.
Quando deram pelo filho, estava em cima de uma pilha de latas de uma alta estante.
Aflitos, em vão tentou a mãe, tentou o pai e tentou o gerente do hiper-mercado, com bons modos para não traumatizar o menino, que o petiz descesse da prateleira. Em vão!
O puto não saiu lá de cima por mais que o tentassem convencer.
Chamaram então um conceituado psicólogo, dos mais modernos da cidade, para resolverem tão intricado problema.
Tentou, tentou e continuou o psicólogo tentando convencer a badameco a descer da prateleira, pelos modos mais pós-modernos para que não ficasse traumatizado. Mas nada.
Usou de todos os argumentos e de toda a ciência aprendida na faculdade e reaprendida nos livros dos mais sábios psicólogos pós-modernos.
Mas nada! A besta do puto recusava-se a descer da prateleira.
Finalmente o psicólogo, iluminado por uma derradeira ideia, usa de um último argumento. E num ápice o fedelho estava no chão do hiper-mercado feliz da vida, para alívio dos pais e do gerente da grande superfície.
Todos os presentes acharam fantástica a intervenção do psicólogo. Todos sem excepção se desfizeram em elogios às mais modernas estratégias da Psicologia pós-moderna.
Tudo terminava em bem, para gáudio dos educadores pós-modernos.
Antes de se despedirem e irem para casa, o pai, intrigado, pergunta ao Psicólogo:
- «Como conseguiu convencer o meu filho a descer da prateleira?».
Responde o psicólogo:
- Disse-lhe simplesmente: «Se não desces já da porcaria da prateleira levas uma lambada de que não te esqueces mais».
E assim termina esta história das sociologias e psicologias educacionais pós-modernas, a propósito de mais esta admirável notícia do bostoniano Valter Lemos e do Ministério da Educação:
Secretário de Estado reage a críticas sobre episódio em escola do Porto
Escolas com problemas de indisciplina podem propor ao ministério contratação de técnicos especializados
25.03.2008 - 20h27 Lusa
As escolas com problemas graves de indisciplina podem apresentar ao Ministério da Educação uma proposta para a contratação de técnicos como psicólogos e mediadores de conflitos, anunciou hoje o secretário de Estado da Educação.
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