Educação: 9.º ano revela fragilidades
Insucesso escolar atinge menos vinte mil alunos
A redução do insucesso escolar atingiu no último ano lectivo um valor histórico. Foram mais vinte mil alunos que passaram de ano face aos valores obtidos em 2005/06. Entre os 1 084 800 alunos inscritos no Ensino Básico, dez por cento reprovou ou abandonou os estudos. Uma melhoria face aos 10,6 por cento do ano lectivo anterior e os 15 por cento de insucesso escolar verificados há dez anos.
Correio da Manhã (1/3/2008)
O método socratino é infalível:
- Terminaram as Provas Globais no 10.º Ano;
- Terminaram as Provas Globais no 9.º Ano;
- Simplificaram-se os exames do 9.º Ano, que apenas contemplam as disciplinas de Português e de Matemática e parecem provas para candidatos das Novas Oportunidades;
- Nenhum professor tem de justificar como consegue fazer milagres pedagógicos, dando 2, 2, 3 em cada um dos períodos lectivos;
- Nos Departamentos e nos Conselhos Pedagógicos são colocados no pelourinho os professores mais exigentes que atribuem classificações mais rigorosas e verdadeiras.
Para terminar a decoração deste delicioso bolo, só falta a cereja no topo: a avaliação dos professores depende do sucesso estatístico dos seus próprios alunos. Muitos professores, já antes do sistema entrar em vigor, já mostram assinaláveis sucessos estatísticos.
E como as direcções das escolas também serão avaliadas pelo mesmo sucesso estatístico, estão todos a trabalhar para o mesmo: para a mentira das avaliações.
Quando saírem os próximos estudos internacionais a desmascarar esta palhaçada, virá um dos demagogos do Ministério da Educação zurzir nesses mesmos estudos. Pena é que não possam instaurar uns processos disciiplinares aos seus autores: são estrangeiros. Será uma maçada para os socratinos. Mas hão-de arranjar umas desculpas habilidosas. Engenho e desavergonhice não lhes faltam...
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