sábado, 1 de março de 2008

Por uma vez na vida...


Não é fácil estar com o PCP, pelo menos com este PCP.

Mas hoje, excluindo a dimensão partidária do evento e a sua natural instrumentalização política, foi difícil não estarmos na manifestação, pelo menos em espírito.

Afinal, quase tudo o que lá disseram corresponde ao pensamento e ao sentimento dos portugueses de bem, que amam a liberdade e a democracia, valores que para o poder estabelecido não passam de dois belos tapetes onde Sócrates limpa diariamente os pés calçados com os seus amaneirados sapatinhos Prada..., sob o olhar atento e complacente de Cavaco Silva... talvez nostálgico dos tempos em que, em várias ocasiões, também foi um aprendiz, ainda que mal sucedido, de autocrata...
Marcha Liberdade e Democracia reuniu 50 mil pessoas
Jerónimo de Sousa acusa Governo Sócrates de desenvolver um Estado policial

01.03.2008 - 21h42
Lusa

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou hoje o Governo liderado por José Sócrates de atacar todas as vertentes da democracia, de se submeter aos "ditames dos poderosos" e de estar a desenvolver um Estado policial. Jerónimo de Sousa falava no Rossio, no final da "Marcha Liberdade e Democracia", que, segundo dados do PCP, juntou cerca de 50 mil pessoas.

No breve comício que se seguiu à manifestação, que percorreu ruas de Lisboa entre o Príncipe Real e o Rossio, o nome de José Sócrates recebeu um coro de apupos sempre que foi pronunciado.

Para Jerónimo de Sousa, a ofensiva do Governo de José Sócrates "não deixa intocável nenhuma das vertentes do regime democrático - a democracia social, a democracia económica, a democracia cultural e a democracia política". O Governo "está cada vez mais submetido aos ditames dos poderosos, sobretudo pela sua prática e decisões políticas e económicas", sustentou, antes de acusar o executivo socialista de se colocar "do lado contrário aos constituintes e da Constituição".

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