quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Liquidação dos CTT

O rapazinho que puseram à frente da comissão liquidatária dos CTT, que dá pelo nome de Luís Nazaré, e que escrevinha esparsamente na Cosa Nostra de Vital Moreira e de Ana Gomes, enfureceu-se contra o estudo da DECO que ontem reprovou fortemente o serviço prestado por esta empresa se apressa para deixar de ser pública...

Vai daí, bem à maneira socratina, ameaçou com um processo judicial aquela associação de defesa do consumidor.

Daqui, muito modestamente, sugere-se àquele socratino que processe os 10 milhões de portugueses que possivelmente acham que os CTT nunca funcionaram tão mal em toda a sua história.

No século XVI, entre Lisboa e Coimbra, uma carta levada em mão, a pé, por um caminho pedregoso, através da Estrada Coimbrã, demorava uma semana.

Hoje, em 2008, há muitas cartas que percorrendo distâncias mais pequenas demoram mais de uma semana para chegar ao destino em correio dito "normal".

Antes do 25 de Abril, o correio era distribuído domiciliariamente duas vezes por dia em grande parte do território nacional e a maioria das cartas, sem o roubo do selo azul, chegava ao outro dia ou no máximo dois dias depois, a quase todos os recantos da Pátria.

Hoje, muitas localidades do interior já nem têm estação do correio e o giro rural está a ser substituído por caixas postais, obrigando os destinatários da correspondência a deslocarem-se vários quilómetros para irem buscar as cartas, encomendas e valores a uma caixa postal ou a uma junta de freguesia...

Por este andar o serviço postal recua aos tempos medievais, anteriores à criação dos correios-mores: prestado por almocreves deslocando-se nas suas pachorrentas cavalgaduras..., cavalgaduras então...

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