Ontem, dia 1 de Fevereiro, comemorou-se o Regicídio.
Curiosamente, falou-se mais do assassinato político do engenheiro José de Sousa, a propósito de mais uma das suas trapaças, do que do assassinato físico do penúltimo rei de Portugal. Sinais dos tempos...
Entretanto, ao mesmo tempo que o poder socratino inviabilizou no Parlamento a aprovação de um voto de pesar sobre os cem anos do Regicídio, confirma-se mais uma trapalhada socratina a propósito das comemorações do centenário da implantação da República.
Tirar coelhos da cartola é arte sublime do engenheiro José de Sousa. Planificar actividades com calendários consistentes e exequíveis é demasiada engenharia para este especialista em demagogia e manipulação. Não há nem Diploma nem Novas Oportunidades que escondam esta triste realidade. Ainda nem sequer à comissão quando se esgotou o prazo para a dita ter apresentado um programa de comemorações.
Centenários polémicosCerimónias do Regicídio e 100 anos da implantação da República geram divisões ao mais alto nívelAinda faltam dois anos para o centenário da República, mas o acontecimento já ameaça ser polémico. O sinal começou a ser dado com a evocação dos 100 anos do Regicídio.A própria criação da Comissão do Centenário da República está a revelar-se difícil. Finalmente há decreto, mas ainda não estão escolhidos os seus membros (um presidente e quatro vogais) e o processo já está atrasado.
O decreto que enquadra a criação da Comissão do Centenário foi publicado esta semana. Mais precisamente no dia 29, dois dias antes do prazo inicialmente previsto para que essa comissão apresentasse a sua proposta de comemorações.
O decreto andou quatro meses algures entre a Presidência do Conselho de Ministros e o Palácio de Belém. Aprovado a 3 de Outubro pelo Governo, só foi promulgado pelo Presidente da República no dia 16 deste mês. O PR tem 40 dias para decidir sobre um decreto governamental.
No comunicado do Conselho de Ministros em que o decreto foi aprovado, anunciava-se que a Comissão devia apresentar a sua proposta de comemorações até ao dia 31 de Janeiro de 2008.
(Sol, 1/2/2008)
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